Autocuidado de mulheres e homens com estomas intestinais mediado pela aromaterapia a luz da teoria de Dorothea Orem

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Cavalcante, Rosimeyre Araújo lattes
Orientador(a): Carvalho, Evanilda Souza de Santana lattes
Banca de defesa: Silva, Rudval Souza da lattes, Rios, Rose Anna David lattes, Passos, Sílvia da Silva Santos lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Enfermagem (PPGENF)
Departamento: Escola de Enfermagem
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37929
Resumo: O presente estudo tem como objetivo geral compreender as percepções de mulheres e homens com estomas intestinais sobre o autocuidado mediado pela aromaterapia. Trata-se de um estudo qualitativo, de caráter compreensivo, que contou como participantes com seis mulheres e cinco homens com estomas intestinais atendidos em uma unidade de referência na Bahia, Brasil e seis enfermeiras estomaterapeutas avaliadoras. A produção dos dados envolveu diferentes técnicas. Para tanto, a coleta de dados passou por três fases: 1. Aplicação de formulário semiestruturado, composto por questões fechadas e abertas sobre dados sociodemograficos e dados sobre o conhecimento/percepção e o uso prévio da aromaterapia; 2. Intervenção, mediante a aplicação dos óleos essenciais durante quatro semanas, enquanto prática de autocuidado a ser vivenciada. Para esta fase, foram criadas Tecnologias Cuidativo-Educacionajs (instrumentos clínicos para orientar a assistência da enfermeira na aplicação da aromaterapia); 3. Entrevista individual híbrida, em profundidade, mediada por tecnologia - ligação telefônica, mensagens de áudio, vídeo e texto via aplicativo de conversação WhatsApp® para a apreensão do conteúdo acerca das percepções do autocuidado mediado pela aromaterapia. Tal contexto ocorreu em oito momentos (em média) para cada participante, em um movimento de teleconsulta/telemonitoramento. Os dados foram organizados e sistematizados em arquivos próprios, envolvendo validação interna por pesquisadores do grupo proponente do estudo, submetidos à Análise de Conteúdo Temático Reflexiva, proposto por Braun e Clarke e interpretados à luz da Teoria do Autocuidado de Dorothea Orem. Como resultados foi elaborada uma proposta de um instrumento clínico-assistencial de enfermagem para avaliação inicial e plano de cuidados para a implementação da aromaterapia junto a mulheres e homens com estomas intestinais. O instrumento foi composto pelos itens: Histórico de Enfermagem - avaliação inicial (dados sociodemográficos e relacionados à aromaterapia e achados clínicos; Diagnósticos de Enfermagem prioritários; Resultados de Enfermagem prioritários; Intervenções de Enfermagem prioritários; Avaliação/Acompanhamento e documentação clínica. Prescrição de enfermagem com os óleos essenciais propostos para o estudo, estruturado com base nos Diagnósticos de Enfermagem (NANDA-I), Resultados de Enfermagem (NOC - Classificação dos Resultados de Enfermagem), e das Intervenções de Enfermagem (NIC - Classificação de Intervenções de Enfermagem), considerando os pressupostos da Teoria de Enfermagem adotada. Os temas definidos para explicação do fenômeno a partir dos relatos apresentados trouxe o Tema Gerador Inicial denominado de: “Autocuidado mediado pela aromaterapia” que a partir dos pressupostos da Teoria de autocuidado de D. Orem derivou seis temas: 1 - Voltar a estar bem consigo próprio/a; 2 - Dormir mais e melhor é restaurador; 3 - Controlar as emoções leva ao alcance do bem-estar psicoemocional; 4 - Reduzir os mal-estares físicos motiva a adesão do autocuidado; 5 - Ampliar ações de autocuidado para controle de desconfortos físicos não relacionados ao estoma; 6 - Contornar desconfortos gastrintestinais e alterar o cuidado apreendido. A adesão ao autocuidado a partir da aromaterapia contribuiu para promover padrões de bem-estar físico e emocional dos participantes, possibilitando a capacidade de autocuidado para além do estoma intestinal. Além de apoiar o planejamento de cuidados de enfermeiras especialistas e estomaterapeuta.