O desafio do autocuidado de pacientes oncológicos estomizados: da reflexão à ação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Silva, Daniela Ferreira da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Niterói
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/1027
Resumo: Trata-se de pesquisa qualitativa sobre o autocuidado do paciente oncológico estomizado que tem como objetivos: analisar os requisitos de autocuidado do paciente oncológico estomizado, descrever a trajetória do paciente oncológico com o estoma intestinal e identificar os requisitos de autocuidado referidos por estes pacientes. A pesquisa foi realizada no ambulatório de estomaterapia de um Instituto de tratamento oncológico localizado na região central da cidade do Rio de Janeiro com treze pacientes oncológicos adultos com estoma intestinal de eliminação definitivo ou não, matriculados na instituição que estavam em acompanhamento ambulatorial. Para a coleta de dados foi realizada entrevista semiestruturada e, após análise de conteúdo temática, foram elaboradas as seguintes categorias: vivendo com o estoma intestinal; o desafio do autocuidado: da reflexão à ação e as expectativas e os sentimentos. Os resultados apontaram que o paciente oncológico vivencia uma trajetória marcada por surpresas, ansiedade, medo e falta de esperança, entretanto, durante o processo de adoecimento passa a refletir sobre sua vida buscando estratégias de enfrentamento e adaptação frente à doença e tratamento. A confecção de um estoma é uma etapa difícil do tratamento do câncer, pois os pacientes entendem o estoma intestinal como algo assustador que rompe com a normalidade do corpo, mesmo quando traz alívio das dores provocadas pela doença. O estoma intestinal provoca mudanças de ordem emocional, física, fisiológica e social no cotidiano desses pacientes, com repercussões na sua autonomia, independência e autoimagem que limitam sua convivência social. Os requisitos de autocuidado de maior importância referidos pelos sujeitos da pesquisa foram: provisão de cuidados associados com o processo de eliminação e os excrementos; manutenção do equilíbrio entre a solidão e a interação social e modificações do autoconceito e autoimagem, aceitando estar em determinado estado de saúde e necessitar de formas específicas de atendimento de saúde. Em contrapartida, constatou-se que passam a desenvolver habilidades para a limpeza do dispositivo coletor, mas não se sentem preparados para realizar a troca do dispositivo, necessitando da ajuda de um familiar ou amigo para essa atividade. Concluiu-se que frente às necessidades destes pacientes o enfermeiro precisa atuar implementando ações educativas que proporcionem suporte a esses pacientes, estimulando ainda um processo de conscientização junto com esses pacientes acerca do seu autocuidado e da necessidade de adotar estratégias frente aos desafios da vivência com o estoma, contribuindo assim para reduzir os riscos e agravos à sua saúde. Nesse sentido é necessário que o enfermeiro reflita sobre as necessidades e demandas desses pacientes visando promover um cuidado que contribua para sua recuperação, manutenção e adaptação a nova situação de saúde em uma relação dialógica em que conhecimentos e experiências sejam compartilhadas tendo como meta a melhoria da qualidade de vida desses pacientes