“A soldadesca desenfreada”: politização militar no Grão-Pará da Era da Independência (1790-1850)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Nogueira, Shirley Maria Silva lattes
Orientador(a): Soares, Carlos Eugênio Líbano lattes
Banca de defesa: Soares, Carlos Eugênio Líbano lattes, Marin, Rosa Elizabeth Acevedo lattes, Paraíso, Maria Hilda Baqueiro lattes, Araújo, Dilton Oliveira de lattes, Pires, Antônio Liberac Cardoso Simões lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em História (PPGH) 
Departamento: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FFCH)
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/35065
Resumo: O objetivo deste trabalho foi analisar o processo histórico de “politização” das tropas e soldados no Grão-Pará entre 1790 e 1850. Ao longo desse período ocorreram diversas guerras, sedições e revoltas em várias partes da Europa e da América Espanhola, redefinindo as configurações políticas e as formas de governo no mundo ocidental. Um processo mais amplo que também afetou o Império luso, desdobrando em sedições e práticas políticas de variados grupos, com múltiplos projetos de inserção social no Grão-Pará até meados do século XIX. Dentre os variados setores, encontrava-se aquele composto por militares de diversas origens sociais e raciais. A perspectiva aqui é refletir sobre os papeis sociais de setores militares, de soldados a oficiais inferiores. Nas ruas e nos quartéis, os envolvidos em sedições e motins também estavam influenciados pela circulação de idéias e novas formas de reivindicações provenientes de várias partes da Europa e da América colonial, incorporando-as nas antigas tradições de protesto frente às políticas e estruturação militares do Estado Português. Em determinados contextos de sedições e motins, tais militares estavam tanto interessados em resolver problemas internos da “caserna” como promover algumas mudanças na hierarquia social do período colonial, e mantidas no pós-1822. A participação de soldados e oficiais em motins e levantes foi coibida por meio da generalizada violência – com o expurgo das tropas ou assassinatos de suas lideranças – e acompanhada de promessas de reforma na estrutura militar vigente.