Efeitos da ozonioterapia em masseter de rato em modelo experimental de dor inflamatória

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Souza, Kelvin Borges Rocha de lattes
Orientador(a): Aguiar, Marcio Cajazeira lattes
Banca de defesa: Aguiar, Márcio Cajazeira lattes, Martins, Gabriela Botelho lattes, Filice, Letícia de Souza Castro lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Processos Interativos dos Órgãos e Sistemas (PPGORGSISTEM) 
Departamento: Instituto de Ciências da Saúde - ICS
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/34731
Resumo: Introdução: O efeito antinociceptivo do ozônio tem sido descrito na literatura e pode estar relacionado com o aumento do sistema de defesa antioxidante endógeno, com impactos sobre o metabolismo celular e a oxigenação tecidual. Contudo, o efeito desta terapia minimamente invasiva no tratamento de dores miofasciais permanece controverso, especialmente naquelas dores relacionadas com a disfunção temporomandibular. Objetivo: Avaliar os efeitos da ozonioterapia sobre a nocicepção, o processo inflamatório e o reparo tecidual no músculo masseter de ratos, em um modelo de inflamação induzida pela carragenina. Materiais e Métodos: O processo inflamatório foi induzido pela administração de carragenina lambda na solução a 2% de 100 µL, no masseter direito dos ratos, e para o limiar nociceptivo avaliado utilizou-se o analgesímetro digital para o teste de von Frey, nos tempos de 5 horas, 1, 3 e 7 dias após sua administração. O grupo controle recebeu salina nas mesmas condições. Para avaliar o efeito da ozonioterapia sobre a nocicepção causada pela carragenina, os ratos foram tratados com ozônio na dose de 0,0016 mg/Kg, em um volume de 0,01ml logo após administração da carragenina ou salina (O3+Car e O3+Sal). Ibuprofeno na dose de 14mg/Kg foi usado como controle positivo (Ibup+Car e Ibup+Sal). Decorridos 1 e 8 dias após a administração da carragenina ou salina, os animais foram eutanasiados e os masseteres processados para análise histológica semiquantitativa. Resultados: O estudo antinociceptivo mostrou diferenças estatisticamente significantes entre os grupos Sal e Car nos períodos de 5h, 1d, 3d e 7d, entre os grupos Ca e Ibup+Car em 1d, 3d e 7 d e entre os grupos Sal e O3-Sal em 5h e 7d. Não houve diferença na variação do limiar nociceptivo entre os grupos Car e O3+Car. Um dia pós a carragenina, a avaliação histológica do grupo Car mostrou hemorragia, edema e um infiltrado inflamatório agudo ocupando áreas de intensa destruição tecidual, que eram discretamente mais severas no grupo O3+Car. No período de 8 dias, os grupos Car e O3+Car compartilhavam os mesmos achados histológicos, ou seja, infiltrado inflamatório crônico com alguns linfócitos, muitos macrófagos e raros mastócitos associados a um severo dano tecidual. Distintamente dos grupos Sal e Ibup+Sal, o grupo O3+Sal mostrou um infiltrado inflamatório crônico discreto que preenchia pequenas áreas de destruição tecidual. Alguns neutrófilos foram observados nas proximidades de fibras musculares em regeneração nos grupos submetidos à ozonioterapia. Conclusão: A ozonioterapia pela via intramuscular não foi capaz de diminuir a nocicepção, necrose e degeneração muscular, inflamação e edema induzidos pela carragenina no músculo masseter, mas se mostrou potencialmente capaz de estimular o reparo em injúrias teciduais de origem inflamatória por uma via relacionada com os neutrófilos