Feridas urbanas: uma poética da presentificação pela negatividade da forma

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Oliveira, Paulo
Orientador(a): Costa, Roaleno
Banca de defesa: Martínez, Maria, Hernandez, Maria, Nunez, Lilian, Novais, Nanci
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Escola de Belas Artes
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/34435
Resumo: A presente tese trata de uma investigação em processos artísticos a partir dos conceitos de presentificação e de negatividade da forma como resposta visual aos vestígios encontrados na cidade, que chamamos de Feridas Urbanas. Por meio da tridimensionalidade, os estudos trazem uma abordagem teórico-prática sobre aspectos relacionados com a arte contemporânea, um estado poético que se desenvolve a partir da apropriação, do deslocamento e da ressignificação. Essa experiência artística levou a uma ação reflexiva sobre o processo de criação acerca da arte, da memória e da cidade como corpo de concretude; um projeto de investigação cujas práticas decorrem de ações pensadas a partir da Teoria da Formatividade, de Luigi Pareyson. Para a concepção da obra, foram realizados experimentos em campo e laboratório, desenvolvidos a partir de procedimentos comumente aplicados à concepção escultórica. Dessa narrativa, estruturamos nossa metodologia sob uma perspectiva apresentada por Sandra Rey a respeito da pesquisa em Artes Visuais, que implica em um trânsito ininterrupto entre prática e teoria, utilizando o caminhar como método exploratório, a impressão direta como procedimento para apropriação e o espelhamento matérico como solução objectual. Desse modo, discutimos o tempo e o espaço a partir de uma lembrança histórica despertada pela memória artística, situando o contexto em que se encontram as Feridas Urbanas em uma relação de ausência e continuidade, as quais se revelam pelas suas diferentes texturas. Nesse percurso, essa poética foi sendo construída por meio de um diálogo entre o fluxo criativo e o domínio técnico, uma prática exteriorizada pela cidade como universo trilhado fruto dessa relação com o cotidiano.