Túnica vaginal autógena para reparação do diafragma pélvico em cães

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Caires, Laila Pires
Orientador(a): Costa Neto, João Moreira
Banca de defesa: Quessada, Ana Maria, Dórea Neto, Francisco de Assis, Barbosa, Vivian Fernanda
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia
Programa de Pós-Graduação: Pós-graduação em Ciência Animal nos Trópicos
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/31751
Resumo: As técnicas cirúrgicas indicadas para tratamento da hérnia perineal em cães são diversas, com destaque para o emprego de enxertos biológicos ou sintéticos na reparação do diafragma pélvico, incluindo a orquiectomia como terapia adjuvante. A túnica vaginal, disponibilizada após a orquiectomia, a exemplo de outras membranas biológicas, possui características ideais para enxertia, com relatos de seu emprego na reparação de diversos tecidos, inclusive do diafragma pélvico, sob a forma de enxerto autógeno pediculado ou livre. Desta forma, tencionou-se, em primeiro momento, analisar e descrever seu emprego, sob a forma de enxerto autólogo livre em única camada para correção do diafragma pélvico de um cão de 10 anos, portador de hérnia perineal bilateral (Capítulo 1). O animal foi acompanhado por um período de 500 dias de pós-operatório, mediante avaliações clínicas periódicas, sem a presença de quaisquer sinais de complicações ou recidiva. Diante dos promissores resultados obtidos neste caso, observou-se que este tipo de enxertia poderia ser uma opção viável para o reparo do diafragma pélvico de cães portadores de hérnia perineal e buscou-se, desta forma, avaliar a exequibilidade e aplicabilidade da túnica vaginal como enxerto autólogo livre em única camada, para a reparação do diafragma pélvico em cães portadores de hérnia perineal (Capítulos 2 e 3). A tática cirúrgica empregada constou de orquiectomia e coleta das túnicas vaginais de ambos os testículos, que em seguida foram preparadas para aplicação. Posteriormente, realizou-se abordagem ao processo herniário, com inspeção e redução de seu conteúdo, seguido de debridamento muscular. Em nove animais (Capítulo 2), a túnica vaginal foi fixada diretamente à musculatura remanescente do diafragma pélvico, e em oito animais (Capítulo 3), após síntese primária do defeito herniário, o enxerto foi aplicado como reforço ao diafragma pélvico. Após a oclusão por sutura intradérmica e síntese cutânea, manteve-se as mesmas observações transoperatórias. As avaliações clínicas foram realizadas por um período mínimo de 365 a 550 dias após a cirurgia para os animais submetidos à herniorrafia com aplicação da túnica vaginal para oclusão do anel herniário, e de 120 dias até 750 dias para aqueles submetidos à aplicação do enxerto como reforço à síntese muscular primária. Em ambas as técnicas, o enxerto apresentou fácil aplicabilidade, forneceu imediata resistência à musculatura remanescente, favoreceu o processo cicatricial e a integridade tecidual, sendo incorporado e estimulando a formação de tecido conjuntivo, além de minimizar o risco de rejeições e recidivas. Desta forma, conclui-se que o enxerto autólogo livre de túnica vaginal em única camada, é exequível e aplicável para o reparo do diafragma pélvico e tem significativo valor terapêutico no tratamento da hérnia perineal em cães.