Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Santos, Taciana Pereira Sant'Ana |
Orientador(a): |
Atta, Ajax Mercês |
Banca de defesa: |
Santiago, Mittermayer Barreto,
Nascimento, Roberto José Meyer |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Faculdade de Farmácia
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Farmácia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/22682
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Resumo: |
A aterosclerose é a principal causa das doenças cardiovasculares, as quais constituem um grupo de entidades clínicas responsável por elevada morbimortalidade em todo mundo. A presença de anticorpos antifosfolípides (aPLs) tem sido investigada nestas desordens, tendo sido associados com infarto agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral (AVC). O objetivo deste trabalho foi investigar a presença de aPLs em 150 (79 homens e 71 mulheres) indivíduos dislipidêmicos, usuários de estatina com diagnóstico ou risco de doença cardiovascular atendidos em um serviço público de cardiologia de Salvador. Sessenta indivíduos sadios foram utilizados como grupo controle, 30 do sexo feminino e 30 do masculino. Os dados sobre fatores de risco cardiovascular foram obtidos através de entrevistas e busca em prontuários médicos. A dislipidemia foi avaliada através das determinações de colesterol total (CT) e frações e triglicérides (TG). Os níveis séricos de apolipoproteína-A (Apo-A), apolipoproteína-B (Apo-B) e PCR foram determinados por nefelometria. Anticorpos IgA, IgG e IgM antiβ2 glicoproteína I (a-β2GPI) e anticardiolipina (aCL), IgG e IgM antianexina (a-ANX), antifosfatidilserina (aFS) e antiprotrombina (aPTR) foram determinados através de enzimaimunoensaios. A média de idade dos pacientes diferiu significativamente dos controles (60±9 e 34±9 anos, respectivamente; P<0,0001), mas não entre os gêneros nos pacientes (59±8 anos para homens, 61±10 anos para mulheres, P= 0,093) e controles (33±10 anos para homens, 34±9 anos para mulheres, P= 0,602). Dentre os parâmetros do perfil lipídico observados foram encontradas diferenças nos níveis de CT e LDL-C em pacientes e controles do sexo masculino (P=0,020 e P=0,014, respectivamente) e para o gênero feminino, as mulheres apresentaram medianas de HDL-C inferiores a dos controles e superiores de Apo-B (P=0,004 e P=0,035, respectivamente). Vinte e quatro (16%) de 150 pacientes foram soropositivos para anticorpos IgA aβ2GPI e ≤1 para IgM e IgG aβ2GPI. Para as demais especificidades de aPLs, 7 (5%) foram soropositivos para IgM a-ANX, dois (1%) para IgG a-ANX, quatro (3%) para IgG aPTR, dois (1%) para IgM aPTR, apenas um (<1%) paciente foi soropositivo para IgM aCL e nenhum tinha anticorpos aPS. Cinco (8%) de 60 controles apresentaram soropositividade para IgA aβ2GPI, um (2%) para IgG aβ2GPI e cinco (8%) para IgM aβ2GPI. Foram soropositivos para IgA e IgM aCL dois (3%) controles, 3 (5%) para IgG a-ANX e 6 (10%) para IgM a-ANX. Nenhum controle foi soropositivo para aPTR e aFS. A frequência de IgA aβ2GPI não diferiu entre pacientes e controles (P=0,433), porém, associou-se com história de AVC nos primeiros (P=0,047). Esta associação ocorreu de forma independente do perfil lipídico dos pacientes. Estes resultados sugerem que a anticorpos IgA aβ2GPI podem ser considerados fatores de risco para ocorrência de AVC na população estudada. |