Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Rolo, Maria do Carmo Sá Teles de Araujo |
Orientador(a): |
Mota, Jacyra Andrade |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/8375
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Resumo: |
Este trabalho analisa a apócope das vogais [i] e [u] na sílaba postônica final de paroxítonos em duas localidades do Centro Sul Baiano: Beco e Seabra. O objetivo principal da pesquisa é identificar os fatores condicionantes do apagamento tanto no aspecto linguístico quanto no social. Assumem-se os fundamentos do modelo estruturalista de Câmara Jr. (2004), bem como os postulados teórico-metodológicos da Sociolinguística Variacionista (LABOV, 2008). É um trabalho de base descritiva, e nele faz-se um estudo fonético-fonológico, correlacionando fatores linguísticos e extralinguísticos que possam condicionar a apócope. Para implementação da análise foi utilizado um corpus formado por 5.166 ocorrências,incluindo presença e ausência da vogal átona final. Dentre essas, 3.582 foram da vogal [u] e 1.584 da vogal [i]. A amostra analisada é constituída de dezesseis inquéritos: oito em Beco,realizados pelo próprio pesquisador, e oito em Seabra, dentre os quais quatro inquéritos do Projeto Atlas Linguístico do Brasil (ALiB). Como variáveis linguísticas, consideram-se a consoante pré-vocálica, a classe morfológica e o contexto fonético seguinte. Como variáveis extralinguísticas, o gênero/sexo, o tipo de questionário e a localidade. Foram utilizados para a análise dos dados os programas: GOLDVARB e o PRAAT. Apresentam-se evidências de que a consoante pré-vocálica favorece a apócope tanto da vogal [i] quanto da vogal [u] nas duas localidades. Houve uma incidência maior da apócope no discurso semidirigido, tanto em Beco quanto em Seabra. O processo de apócope, em Beco, parece estar associado ao gênero e à faixa etária, enquanto em Seabra atua, apenas, a faixa etária. Apesar da proximidade entre as duas localidades, há uma discrepância muito grande quanto à aplicação da regra. Da análise realizada, foi possível observar que a apócope em Seabra não é significativa e o índice,provavelmente, é o característico de outras áreas brasileiras. Já em Beco, a apócope das vogais [i] e [u] caracteriza-se como um fenômeno frequente, que marca linguisticamente aquela comunidade rural. |