Predicados matrizes adjetivais de orações subjetivas no Português brasileiro: gramaticalização e dessentencialização

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Fortilli, Solange de Carvalho [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/100097
Resumo: Neste trabalho, analisam-se orações subjetivas encaixadas em matriz adjetival no português brasileiro. Por meio da observação de que a cópula que costuma anteceder alguns encaixadores pode não estar expressa, chegamos à ideia de que tais construções vêm passando por mudanças linguísticas tanto na fala como na escrita. À ausência de cópula na oração matriz soma-se, em alguns casos, um novo comportamento do adjetivo, que passa a ter a função de modificador, estágio alcançado quando há a perda do complementizador que une a oração principal à subjetiva. Partimos da hipótese de que, quando todas essas transformações ocorrem, o complexo oracional já se tornou uma sentença simples modificada por um parentético epistêmico, o que nos parece indicativo de dois processos específicos de mudança linguística: a Gramaticalização do adjetivo encaixador e a Dessentencialização da oração matriz. Ainda sobre o adjetivo, interessa-nos investigar seu papel semântico, partindo da observação de que aqueles que se sujeitam às transformações estão ligados a formas específicas de avaliação por parte do falante. A fim de contemplar as modalidades falada e escrita do português brasileiro, analisamos entrevistas do banco de dados Iboruna, de responsabilidade do Projeto ALIP (Amostra Linguística do Interior Paulista), e textos da versão on line do caderno Ilustrada do jornal Folha de São Paulo. Atentos ao fato de que nosso trabalho envolve um possível processo de mudança em curso, também observamos o comportamento dessas construções em outras fases da língua portuguesa, tarefa que se cumpriu pela análise de dados provenientes de textos escritos dos séculos XVIII, XIX e XX. Os resultados mostram que os processos de mudança ocorrem principalmente com construções que envolvem adjetivos epistêmicos, que sempre...