O pensamento como figuração

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Santos, Felipe Rocha Lima lattes
Orientador(a): Machado, Alexandre Noronha lattes
Banca de defesa: Machado, Alexandre Noronha lattes, Faria, Paulo, Silva, João Carlos Salles Pires da
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Filosofia (PPGF) 
Departamento: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FFCH)
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37571
Resumo: Este trabalho tem como objetivo principal compreender o papel do pensamento como condição essencial para o uso da linguagem como figuração da realidade de acordo com o Tractatus Logico-Philosophicus. A teoria da figuração, como normalmente é conhecida, é uma das teses centrais do Tractatus que busca descrever quais condições são essenciais para que a linguagem possa representar a realidade, ou seja, para que seja possível falar verdadeiramente ou falsamente de como as coisas são. As condições essenciais para que ocorra a figuração foram inicialmente identificadas como: (1) a bipolaridade da proposição; (2) toda figuração deve possuir uma estrutura; (3) toda figuração deve possuir uma forma de afiguração; (4) toda figuração deve possuir a relação afiguradora; (5) toda figuração deve possuir uma forma lógica. Para alguns interpretes do Tractatus, não há necessidade de nenhuma outra condição além destas. Porém, outros defendem que existe mais uma condição essencial para que a figuração ocorra, que é o pensamento como um elemento intencional. Para avaliar a necessidade do pensamento como condição essencial da figuração, foi realizada a seguinte estratégia investigativa: após a introdução, no segundo capítulo, foram apresentados os aspectos gerais do Tractatus, de acordo com a interpretação tradicional, para que seja possível ao leitor possuir uma visão geral e não problemática do livro. No terceiro capítulo, foram discutidos alguns aspectos do livro que auxiliaram a compreensão de certos aspectos da discussão central dessa dissertação. Estes aspectos discutidos foram: (a) o que são os objetos, no Tractatus; (b) qual a teoria da verdade apresentada no livro; (c) se existe ou não um realismo no Tractatus. Após a análise destes pontos, partiu-se, no quarto capítulo, para a análise do que deve ser condição essencial para que ocorra a figuração. Ao analisar as interpretações que defendem que não existe um elemento intencional no Tractatus e as teses contrárias, pode-se concluir que o termo ―pensamento‖ é um termo ambíguo e que deve entendido, a depender do contexto utilizado, ora em um sentido lógico, ora em um sentido psicológico e ora como um ato psicológico intencional, ato esse que realiza a projeção da realidade na proposição, sendo assim, uma condição essencial para que possamos utilizar a linguagem como figuração da realidade.