Dor musculoesquelética múltipla em trabalhadores da pesca artesanal: prevalência e fatores associados

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Cardoso, Ana Carine Carvalho lattes
Orientador(a): Lima, Verônica Maria Cadena lattes
Banca de defesa: Lima, Verônica Maria Cadena lattes, Fernandes, Rita de Cássia Pereira lattes, Santos, Mariana Olívia Santana dos lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Saúde, Ambiente e Trabalho (PPGSAT) 
Departamento: Faculdade de Medicina da Bahia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Dor
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37495
Resumo: Introdução: Os distúrbios musculoesqueléticos (DME) estão entre os principais problemas de saúde pública mundial que acometem a população de países desenvolvidos e em desenvolvimento. Os DME são complexos, multifatoriais e a dor é frequentemente relatada em mais de um local do corpo. A dor musculoesquelética multirregional (DM) acomete tanto a população geral, quanto a população trabalhadora (formal e informal), com alto impacto na capacidade para o trabalho, bem como na ocorrência de absenteísmo. Objetivo: Investigar a prevalência de dor musculoesquelética multirregional (DM) e seus fatores associados em trabalhadores da pesca artesanal, residentes em duas localidades da Baía de Todos os Santos, Bahia, Brasil. Método: O projeto foi desenvolvido com base nos dados obtidos em dois estudos transversais, um realizado em 2013 na comunidade de Saubara e o outro realizado em em 2017, na comunidade de Santiago do Iguape, com um total de 457 pescadores artesanais/marisqueiras. Ambas as comunidades estão localizadas na Baía de Todos os Santos, Bahia, Brasil. A variável desfecho número de locais de dor por indivíduo foi determinado somando os locais de dor referente a oito regiões do corpo. Esta variável foi classificada em três categorias: indivíduos sem dor, com dor em um único local do corpo e com dor multirregional. Para quantificar as associações entre o número de locais de dor e as variáveis socioeconômicas, ocupacionais e de demandas físicas foram calculadas as razões de prevalências (RP) e seus respectivos intervalos de 95% de confiança. As RP ajustadas foram obtidas com base no modelo de regressão log binomial em separado. Resultados: A prevalência de dor única e de dor multirregional entre os trabalhadores da pesca artesanal foi de 13,5% e 70,7%, respectivamente. Uma maior prevalência de DM foi observada em indivíduos do sexo feminino (RP=1,37; IC95% 1,13- 1,66), com idade acima de 39 anos (RP=1,21; IC95% 1,08-1,35) e expostos às altas demandas físicas do trabalho (RP=1,31; IC95% 1,11-1,53). Conclusão: A DM tem uma alta magnitude entre os trabalhadores da pesca artesanal, corroborando para a concepção de que a dor multirregional é uma progressão da dor local, quando mantida a exposição aos vários fatores de riscos ocupacionais e extra ocupacionais.