Protocolo para prevenção da hipotermia em recém-nascido no período perioperatório

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Martins, Lucas Amaral lattes
Orientador(a): Camargo, Climene Laura de lattes
Banca de defesa: Palombo, Cláudia Nery Teixeira lattes, Whitaker, Maria Carolina Ortiz lattes, Camargo, Climene Laura de lattes, Silva, Denise Maria Guerreiro Vieira da lattes, Morais, Aisiane Cedraz lattes, Martins, Ridalva Dias Félix, Santos, Denise Santana Silva dos
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Enfermagem (PPGENF)
Departamento: Escola de Enfermagem
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/38539
Resumo: Manter a estabilidade térmica do recém-nascido (RN) é um desafio para os profissionais de saúde e requer uma prática acurada, visto que a realização de procedimentos invasivos e cirúrgicos predispõe à hipotermia nesses pacientes. Configura-se como o evento adverso de maior notificação em unidades neonatais. O objetivo geral foi construir e validar um protocolo para prevenção de hipotermia em RN no período perioperatótio; os objetivos específicos foram: identificar as estratégias que vêm sendo utilizadas para prevenção de hipotermia em RN no período perioperatório; identificar os fatores que predispõem à hipotermia em RN no período perioperatório, na perspectiva dos profissionais de saúde que integram a equipe assistencial; descrever estratégias de cuidado para prevenção de hipotermia em RN no período perioperatório; e realizar a validação de conteúdo e da estrutura de um protocolo para prevenção de hipotermia em RN no período perioperatório. A revisão de literatura abordou as intervenções para controle da hipotermia no RN. O referencial teórico transversaliza entre: termorregulação do RN cirúrgico; segurança do paciente na abordagem ao RN cirúrgico; e teoria ambientalista ancorando o cuidado térmico neutro ao RN. Como referencial metodológico, optou-se pela Pesquisa Convergente Assistencial (PCA), tendo como cenário uma maternidade privada da capital baiana, desenvolvida em duas fases: na primeira, construção do protocolo com a triangulação dos dados do referencial teórico, revisão de literatura, observação, entrevistas e grupo de convergência, tendo como participantes 21 profissionais de saúde; na segunda fase, procedeu-se a validação de conteúdo, guiada pelo método Delphi, sendo composta por 12 juízes. A interpretação dos dados qualitativos foi guiada pelo modelo de análise proposta pela PCA, e, na análise dos dados quantitativos, foi utilizado o índice de validação de conteúdo individual e geral. Os resultados constatam que, dentre as estratégias identificadas na literatura científica para prevenção da hipotermia, destacam-se: controle da temperatura ambiente; estabelecimento de umidificação e qualidade de limpeza do ar condicionado; utilização de incubadora ou berço aquecido; uso de colchão térmico; uso de toucas e cobertor; fluidos aquecidos; monitoramento da temperatura; cobertura de órgãos abdominais. Os fatores que predispõem à hipotermia são: imaturidade do sistema termorregulador; temperatura do ambiente cirúrgico; transporte intrahospitalar; líquidos frios; inadequação na utilização dos recursos tecnológicos; não reconhecimento da hipotermia como agravo; e falha na educação continuada. Com a triangulação dos dados, foi construído um protocolo que foi dividido em três períodos operatórios, pré, intra e pós; cada período foi composto por cinco domínios, 48 objetivos com justificativa e 85 estratégias de cuidado. Na validação, obteve-se Índice de Validação de Conteúdo geral de 0,94. Pode-se concluir que o protocolo se mostrou um instrumento inédito, criterioso, válido e confiável para uso na prevenção da hipotermia do RN em periodo perioperatório. Acredita-se que essa tecnologia permite reduzir os riscos, agravos e danos à saúde, bem como qualificar a assistência, tendo como norte a política de segurança do paciente e as estratégias ambientalistas trazidas por Nightingale. Dessa forma, possibilitará melhorar o cuidado prestado à saúde do neonato, visto que pode redirecionar ações assistenciais e contribuir com a redução da morbimortalidade neonatal.