Ocorrência de fatores associados à hipotermia no intraoperatório
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Atenção à Saúde das Populações BR UFTM Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Atenção à Saúde |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://localhost:8080/tede/handle/tede/128 |
Resumo: | A hipotermia é um dos eventos adversos com maior incidência entre os pacientes cirúrgicos no período intra e pós-operatório. Esta pesquisa teve como objetivo analisar a ocorrência e os fatores sociodemográficos, clínicos e laboratoriais (glicemia) associados à hipotermia no intraoperatório de pacientes submetidos às cirurgias abdominais eletivas. Trata-se de um estudo observacional, transversal, analítico com abordagem quantitativa dos dados. Esta pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) sob Parecer nº 667.693/2014. Os dados foram coletados no Bloco Cirúrgico do Hospital de Clínicas da UFTM utilizando instrumento que contemplava as variáveis sociodemográficas e clínicas do paciente e variáveis relacionadas ao procedimento anestésico-cirúrgico e ao ambiente da Sala de Operações (SO). Participaram da pesquisa os pacientes que foram submetidos às intervenções cirúrgicas abdominais convencionais e/ou minimamente invasivas, de caráter eletivo, com 18 anos ou mais de ambos os sexos e com classificação ASA I e II, perfazendo um total de 105 (n) pacientes. As variáveis qualitativas foram analisadas segundo estatística descritiva, e, para as quantitativas foram utilizadas medidas descritivas de centralidade e dispersão. Para associar as variáveis; sexo, faixa etária, IMC, glicemia na admissão na SO, glicemia após a cirurgia, ASA, abordagem cirúrgica e uso de medidas preventivas com a presença de hipotermia foi utilizado o teste de qui-quadrado. Para correlacionar a ocorrência de hipotermia com os tipos de anestesia utilizou-se a ANOVA. Por meio do coeficiente de correlação de Pearson verificou-se a correlação da variável média de temperatura dos pacientes no período com as seguintes variáveis: duração do período anestésico cirúrgico; tempo de permanência na SO e média de temperatura na SO. O nível de significância considerado nesta pesquisa foi p<0,05. Verificou-se que a maioria dos pacientes estudados era do sexo feminino 73 (69,5%), faixa etária adulta 85 (81%), classificados como sobrepeso 54 (51,4%) e ASA II 51 (48,6%). Houve maior proporção de pacientes submetidos à anestesia geral 61 (58,1%) e acesso cirúrgico com invasão mínima 56 (53,3%). O posicionamento cirúrgico mais adotado foi o decúbito dorsal horizontal 49 (46,7%) e o tipo de cirurgia prevalente foi a Colecistectomia 38 (36,2%). A hipotermia ocorreu em 98 (93,3%) dos pacientes estudados. Apenas dois (1,9%) pacientes receberam algum tipo de medida de aquecimento. Com relação às complicações no intraoperatório, nove (8,6%) pacientes apresentaram hipotensão e um (1%), além da hipotensão, bradicardia. As alterações glicêmicas na admissão do paciente na SO não foram preditivas para a ocorrência de hipotermia. A ocorrência de hipotermia não foi fator estatisticamente significativo para predizer a incidência de hiperglicemia ao final do procedimento anestésico-cirúrgico nem a ocorrência de complicações no intraoperatório. Não houve correlação significativa entre a média de temperatura do paciente e as médias de temperatura da SO. A variável sexo feminino foi estatisticamente significante para predizer hipotermia, assim como anestesia combinada, duração do procedimento anestésico-cirúrgico e tempo de permanência na SO. Destaca-se a importância de novos estudos que possam avaliar a eficácia de medidas preventivas para hipotermia e assim somar evidências científicas para a prática clínica. |