A verdade da polícia: uma análise dos testemunhos de policiais em inquéritos sobre mortes de civis decorrentes de ação policial em Salvador, em 2016

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Vieira, Alana Nogueira lattes
Orientador(a): Possas, Mariana Thorstensen lattes
Banca de defesa: Possas, Mariana Thorstensen lattes, Jesus, Maria Gorete Marques de lattes, Cappi, Riccardo lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais (PPGCS) 
Departamento: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FFCH)
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/38995
Resumo: Este trabalho analisa, por meio de uma abordagem qualitativa, os discursos presentes nos testemunhos de policiais que falam oficialmente em documentos sobre o evento da morte de civis decorrentes de ação policial. Foram levantados e analisado 14 processos criminais, 49 testemunhos e 10 autos de resistência, a fim de identificar os elementos discursivos para justificação legal da ação estatal letal. Os dados foram analisados em observação direta dos documentos, problematizando as características presentes na narrativa policial. Analiso também como ocorre a legitimação da ação praticada pelos policiais nestes casos, a partir do quadro teórico composto por Max Weber (2009), Tyler (1990) e Bottoms e Tankebe (2012), além de Foucault (2011, 2013). São achados deste trabalho a identificação de características da verdade da polícia e os limites à avaliação da legalidade dos atos policiais, o modo como a parresía se desenvolve e a auto legitimidade na legalização da violência estatal letal. Concluo que a legitimidade da ação estatal letal nas narrativas são centrados na legalidade dos atos praticados, onde são narrados os procedimentos adotados na ação, numa construção em que os agentes estatais se percebem legítimos e reivindicam dominação legitima a terceiros na sua atuação funcional.