Da transição neoarqueano/paleoproterozoico ao toniano: superposição de bacias na região sudoeste do setor setentrional do orógeno Araçuaí

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Vitoria, Ravena Santos
Orientador(a): Cruz, Simone Cerqueira Pereira
Banca de defesa: Dantas, Elton Luiz, Barbosa, Johildo Salomão Figueirêdo
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Geociências
Programa de Pós-Graduação: em Geologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/32056
Resumo: A área de estudo posiciona-se no setor intracontinental do orógeno Araçuaí. A sequência metavulcanossedimentar Leandrinho, definida neste trabalho, consiste na intercalação de xistos e granofels de protólitos félsicos com xistos aluminosos. A sequência Rio São João abriga uma associação de itabiritos e hematita xistos, metarritmitos, metagrauvacas com metapelitos e quartzitos subordinados, metapelitos e metavulcânicas máficas-ultramáficas xistificadas. O Supergrupo Espinhaço está representado pela Formação Algodão, com quartzitos e metaquartzarenitos, e pelos xistos félsicos (Rochas metavulcânicas I e II) que ocorrem intercalados com rochas máficas e ultramáficas. Estudos U-Pb (zircão, LA-ICP-MS) demonstrou idade de 2550±2 Ma para os xistos e granofels de protólitos félsicos da sequência metavulcanossedimentar Leandrinho. Estudos anteriores de mesma natureza em metagrauvacas dos metarritmitos demonstram idade máxima de 2280±46 Ma para essas rochas. A idade máxima de deposição da Formação Algodão é 1877±21 Ma. Para os xistos félsicos (rochas metavulcânicas I e II) foram obtidas as idades 1729±4 Ma 1660±7 Ma, respectivamente. O estudo geoquímico sugere que os protólitos dos xistos aluminosos da sequência metavulcanossedimentar Leandrinho são pelitos e que os da sequência metavulcanossedimentar Rio São João são pelitos e Fe-argilitos. Os xistos e granofels de protólitos félsicos dessa sequência Leandrinho correspondem a tufos e lapilitos de riolitos, dacitos, traquidacitos e traquiandesitos. São subalcalinas, com alcalinas subordinadas, sódicas, magnesianas, variando entremetaluminosas a peraluminosas e associadas com arco continental. Os xistos félsicos (Rochas metavulcânicas I) são provavelmente cinzas e tufos de riolitos e riodacitos. Variam de cálcicas a álcalicálcicas, metaluminosas a eraluminosas. Os xistos félsicos (Rochas metavulcânicas II) possuem protólitos riolíticos. Os isótopos Sm-Nd para a sequência Leandrinho indicam Idade Modelo (TDM) entre 3003 e 3074 Mae ƐNd entre -5,06 e 5,84. Na sequência metavulcanossedimentar Rio São João, as metagrauvacas e metapelitos apresentam TDM entre 2618 e 3069 Ma, com ƐNd -2,70 e -9,21. Nos xistos félsicos (Rochas metavulcânicas I), a idade modelo obtida varia entre 3053-2954 Ma, com ƐNd entre -14,21 e -15,80. Com base nos dados apresentados, a estratigrafia das rochas supracrustais do embasamento do orógeno Araçuaí na região passa a incluir a sequência metavulcanossedimentar Leandrinho e unidades do supergrupo Espinhaço. O modelo evolutivo proposto sugere a existência de cinco eventos principais formadores de bacias com magmatismo associado. Os dois primeiros, relacionado com arcos magmáticos continentais levou à deposição das sequências metavulcanossedimentares Leandrinho e Rio São com subsequente formação de uma bacia foreland e os últimos através da instalação de um aulacógeno em ambiente intracontinental que permitiu a deposição das unidades do supergrupo Espinhaço. As rochas foram deformadas e metamorfizadas em episódios orogenéticos que se sucederam no Riaciano-Orosiriano e no Ediacarano.