A transição da educação infantil para o ensino fundamental: o fenômeno da gangorra nas redes públicas de Iraquara, Seabra e Souto Soares

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Souza, Noé Matias de lattes
Orientador(a): Zen, Giovana Cristina lattes
Banca de defesa: Zen, Giovana Cristina lattes, Augusto, Silvana de Oliveira lattes, Canda, Cilene Nascimento lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE) 
Departamento: Faculdade de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37067
Resumo: Os desafios impostos na passagem da Educação Infantil para o Ensino Fundamental se constituem como objeto de investigação desta pesquisa que tem como principal objetivo analisar criticamente como os educadores dos grupos de 5 e 6 anos compreendem essa transição. Para tanto, foi realizada uma pesquisa exploratória com 27 educadores vinculados às redes públicas de ensino dos municípios de Iraquara, Seabra e Souto Soares, no estado da Bahia. Os dados foram produzidos mediante análise documental, aplicação de questionário online, grupos focais e entrevistas e, posteriormente, analisados a partir das contribuições de Ferreiro (2011); Corsaro (2011); Sarmento (2011); Barbosa (2007; 2014); Kramer (2007); Zen (2020). Apesar dos marcos regulatórios sinalizarem a importância de uma transição realizada de forma contínua, os resultados desse estudo apontam que as disputas epistêmicas entre os dois segmentos de ensino, explicitadas nos documentos oficiais e nos inúmeros depoimentos dos participantes, geram rupturas e interferem negativamente na organização curricular e pedagógica do processo de transição entre a Educação Infantil e o Ensino Fundamental, nomeado nesta pesquisa, metaforicamente, de fenômeno da gangorra da transição. O estudo aponta, ainda, que para essa gangorra se equilibrar é preciso que as forças exercidas em cada uma de suas extremidades sejam semelhantes. Isso significa dizer que é necessário produzir práticas didático-pedagógicas que respeitem o ser criança e sua infância alinhadas às políticas públicas e formacionais. Mais do que equilibrar a gangorra, é imperativo reconhecer que o desafio da transição só existe porque não há articulação nem coerência entre o que se propõe na Educação Infantil e no Ensino Fundamental, respectivamente.