“Gente de todas as classes”: diversidade sociorracial no candomblé de Salvador (1900-1920)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Batistta, Iury Abreu Tavares
Orientador(a): Santos, Jocélio Teles dos
Banca de defesa: Oliveira, Iris, Sampaio, Gabriela
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade Filosofia e Ciências Humanas
Centro de Estudos Afro-Orientais
Programa de Pós-Graduação: Programa Multidisciplinar de Pós-Graduação em Estudos Étnicos e Africanos
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/30442
Resumo: Com base em um conjunto de notícias de alguns jornais baianos, este trabalho discute particularmente a diversidade dos indivíduos e grupos sociais envolvidos com o candomblé de Salvador no início do século XX. O período analisado foi um registro significante para poder observar a presença e a representatividade dos terreiros de candomblé no cotidiano da cidade. A percepção que os frequentadores eram constituídos de indivíduos de diversas origens sociorraciais permitiu mensurar seu alcance e o seu lugar ocupado, atendendo às necessidades de várias ordens demandadas pela população local. Nesse sentido, por conta desse variado entrecruzamento de atores sociais que se achavam envolvidos de formas diversas com a religiosidade de origem africana, sinaliza-se a difusão do candomblé na vida social soteropolitana, revelando inclusive relações estreitas com figuras de poder político e social da cidade que lhe conferiam proteção contra a repressão. Embora a maioria dos indivíduos envolvidos com o candomblé no início do século XX fosse composta de negros e mestiços empobrecidos, pode-se observar que a religião afro-baiana passava por um processo de expansão, que se iniciara na segunda metade do século XIX, atingindo outros setores da sociedade soteropolitana e ampliando sua base de frequentadores.