Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Fontes, Rebeca Menezes Vaz Queiroz
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Orientador(a): |
Ribeiro, Patricia Miranda Leite
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Banca de defesa: |
Ribeiro, Patrícia Miranda Leite
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Corte-Real, Ana Teresa
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Sarmento, Viviane Almeida
,
Vieira, Duarte Nuno Pessoa
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Marques, Jeidson Antônio Morais |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Processos Interativos dos Órgãos e Sistemas (PPGORGSISTEM)
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Departamento: |
Instituto de Ciências da Saúde - ICS
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/40669
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Resumo: |
Introdução: A importância da impressão 3D no âmbito das ciências forenses abrange uma série de possibilidades, incluindo o registro de documentação, a identificação humana, anatomia odontológica comparada e antropologia odontológica, marca de mordida e análise de padrão - reconstrução balística, reconstrução facial forense, reconstrução da cena do crime e acidente, bem como a identificação de vítima de desastre (DVI), antropologia forense e arqueologia. O presente estudo foi desenvolvido para avaliar a reprodutibilidade de mandíbulas artificiais, contendo lesões de interesse forense, através da reconstrução tridimensional obtida por meio de tomografia computadorizada de feixe cônico (CBCT) e impressão 3D. Método: Neste estudo, foi utilizada uma abordagem quantitativa e descritiva, dispensando apreciação ética por se tratar do uso de 14 mandíbulas artificiais em resina (poliuretano). Foram realizadas 5 etapas, desde a confecção de nove lesões simuladas de interesse forense (orifício de entrada, orifício de saída, lesão de orifícios múltiplos, lesão corto-contusa, área de perda dentária, fraturas dentárias coronárias, fratura mandibular e fraturas do côndilo - completa e incompleta) até a realização de tomadas tomográficas das 14 mandíbulas com CBCT, utilizando-se voxel de tamanhos de 0,25, 0,3 e 0,4 mm, seguidas de análises de 10 marcos humanos nos volumes 3D gerados (artigo 1) e posterior impressão tridimensional através da técnica FDM dos volumes gerados com voxel 0.3, para comparação entre as duas técnicas de reprodução utilizadas (tomográfica = AT e impressa = AC). Os dados foram analisados por meio dos testes t-Student e ICC e apresentados em gráficos de Bland-Altman (artigo 2). Resultados: No artigo 1, os resultados analisados mostraram que os protocolos com voxels de 0,3 mm devem ser preferencialmente indicados na avaliação das medidas lineares e angulares. A análise estatística revelou que não houve diferença estatisticamente significante nas avaliações intra-examinador A (p=0.920) e B (p=0.424) e inter-examinador (p=0,664). Isto demonstrou a confiabilidade do método escolhido. O estudo mostrou que é possível criar pontos de referência em modelos 3D, evidenciando um passo importante para a consolidação no uso de protótipos em estudos forenses. No artigo 2, as análises estatísticas com o teste ICC mostraram que a maioria das variáveis (lesões simuladas) foram bem reproduzidas (ICC acima de 0,8) em ambas as técnicas. Observou-se ainda que os pares AT e AC tiveram medidas próximas da diferença média e permaneceram dentro do intervalo de confiança, embora a técnica de impressão tenha apresentado menor variação nas medidas realizadas quando comparadas com as originais (AC). Discussão: De acordo com os resultados dos dois artigos, houve sucesso na utilização de tecnologias 3D (CBCT e impressão) para avaliar a confiabilidade e reprodutibilidade destas técnicas em contextos forenses. O artigo 1 mostrou, em seus resultados, que o erro encontrado na comparação inter-examinador (utilizando o mesmo método de medição) foi pequeno e permaneceu estável, independentemente das variáveis avaliadas. Sobre a comparação quanto à reprodutibilidade tridimensional pelos métodos tomográfico (CBCT) e impresso, o artigo 2 mostrou que as duas técnicas são confiáveis. O resultado quanto à reprodutibilidade das lesões simuladas escolhidas para o artigo 2 mostrou que todas as lesões foram reproduzidas, sendo preservadas a forma, o número e as relações anatômicas presentes. Destacaram-se as lesões simuladas causadas por projétil de arma de fogo (orifício de entrada e orifício de saída), lesão corto-contusa e de perdas dentárias que foram avaliadas de boa a excelente nas reproduções tomográfica e impressa 3D. Os artigos 1 e 2 apresentados como resultado desta tese são complementares no sentido de o primeiro ter avaliado volumes reproduzidos tridimensionais digitalmente (tendo sido observados pontos craniométricos bem estabelecidos) e o segundo possibilitando uma avaliação comparativa entre volumes tridimensionais digitais e impressos (analisando a reprodução de lesões específicas forenses). Conclusão: A implementação desta metodologia de protótipos como condições de simulação clínica e forense permite a comparação da base de dados humana em questões de identificação. A técnica de medição analógica aplicada em volume impresso 3D, quando comparada à técnica computadorizada, utilizando imagens digitais 3D, mostrou-se precisa e reprodutível. Novos estudos são necessários na busca da padronização de medidas tridimensionais em volumes digitalizados e impressos. |