Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Amorim, Priscila Santos |
Orientador(a): |
Barros, Alessandra Santana Soares e |
Banca de defesa: |
Moreira, Lúcia Vaz de Campos,
Souza, Sueli Ribeiro Mota |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Faculdade de Educação
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Educação
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/18034
|
Resumo: |
Esta pesquisa trata da escolarização de crianças/adolescentes em hemodiálise e que por sua vez, vivem a maior parte do seu tempo em função dos cuidados à saúde e à manutenção da vida. A hemodiálise consiste em uma terapia substitutiva da função renal, após o diagnóstico da insuficiência renal crônica (IRC) em estágio mais avançado. O objetivo da pesquisa foi investigar os significados do processo de escolarização de crianças/adolescentes com Insuficiência Renal Crônica, que realizam tratamento de Hemodiálise, em um hospital público da cidade de Salvador-BA. O referencial teórico-metodológico que a orienta, situa-se no campo da fenomenologia, a partir de uma abordagem socioantropológica para a realização de leituras possíveis do fenômeno em estudo. Desenvolveu-se um trabalho de campo, utilizando-se observações e entrevistas com quatorze participantes, sendo sete pacientes (três meninos e quatro meninas) do serviço de nefrologia pediátrica de um hospital público de Salvador-BA e suas respectivas mães acompanhantes. A partir daí, foi possível organizar o material empírico para realizar a análise e assim, descrever e problematizar as questões relativas à escolarização destas crianças/adolescentes na vivência com a doença e a hemodiálise. Tal estudo possibilitou visualizar em meio às experiências apreendidas, as consequências da doença e sua terapêutica nas questões que envolvem as rupturas na vida destas pessoas, a adoção de novos estilos de vida, os cuidados, as alterações no próprio corpo, o medo da morte, o sofrimento, as esperanças e expectativas que implicam nos seus percursos e no que significam para estas pessoas o processo de escolarização. Como resultados, identificou-se que para estas pessoas a escolarização no contexto da IRC e da hemodiálise pressupõe a adaptação à realidade da forma como esta se apresenta, quer seja na escola comum ou na classe hospitalar, não sendo possível falar da educação escolar destas pessoas, sem antes perceber o peso marcado pela doença em suas vidas e as dificuldades e possibilidades encontradas em seus percursos carregados de emoções em seus cuidados, privações e rearranjos que, por vezes, são necessários nos inesperados de suas trajetórias existenciais. Entender as necessidades de crianças e adolescentes com doença crônica renal para a partir daí, garantir a assistência plena em saúde, educação e seu processo de inclusão, se faz importante no caminhar de todas as ações que os envolvem. |