Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Queiróz, José Roberto Abreu |
Orientador(a): |
Aras Junior, Roque |
Banca de defesa: |
Aras Júnior, Roque Aras Júnior,
Durães, André Rodrigues,
Reis, Francisco José Borges,
Fernandes, André Maurício |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Faculdade de Medicina da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Pós Graduação em Medicina e Saúde
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/29084
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Resumo: |
O objetivo deste estudo é investigar a relação da hipertensão arterial resistente (HAR) não controlada e a ingestão de sódio e potássio. Metodologia: trata-se de um estudo de corte transversal, desenvolvido em pacientes selecionados consecutivamente, acompanhados em um Ambulatório de referência para Doença Cardiovascular Hipertensiva Grave (DCVHG). As variáveis analisadas foram: sócio demográficas, clínicas e laboratoriais. Foram considerados com HAR não controlada os pacientes cujos níveis pressóricos estivessem elevados (PAS > 130 e/ou PAD >90) com uso de 3 ou mais medicamentos anti-hipertensivos, sendo um deles diurético. O consumo estimado de Na+ e K+ em 24 horas foi determinado pela formula de Kawasaki et al (1993) modificado por Tanaka et al (2002), a partir de uma amostra isolada da urina matinal. Considerou-se ingestão diária elevada para o Na+ quando o consumo estimado foi > a 4 g, e para o potássio quando o consumo estimado foi > a 4,2 g. Realizou-se análise descritiva univariada e bivariada, análise estratificada e regressão logística. As associações foram estimadas através da razão de prevalência (RP) e da OR e as inferências estatísticas foram baseadas em intervalos de confiança de 95% (IC95%). Resultados: a prevalência de hipertensão resistente e não controlada na população estudada foi elevada (76,5%), assim como a proporção de pacientes com ingestão de sódio elevada (56,9%). Os resultados deste estudo evidenciaram que a ingestão de sódio elevada se associou significativamente a ocorrência da hipertensão resistente não controlada em grupo de pacientes com as seguintes características: faixa etária entre 40 e 65 anos (OR=14,91; IC95%1,37- 162,07); ingestão de potássio acima de 4,2g (OR=8,27; 95%IC: 1,12 - 61,16) e entre os caucasianos (OR=23,17; IC95%1,23-147,85). A ingestão de potássio elevada associou-se negativamente com a HAR não controlada, sendo que esta associação foi no limiar da significância estatística para os pacientes que apresentaram ingestão diária de sódio menor que 4 g (OR = 0,05; IC 95% 0,01 - 1,00). Conclusão: Não observamos associação entre controle pressórico em pacientes com HAR e o sódio medido através de amostra isolada na urina. O resultado do presente estudo sugere uma relação distinta entre sódio, potássio e a hipertensão arterial resistente não controlada, daquela observada em estudos que investigaram essa associação com a hipertensão arterial sistêmica. |