A síncope nas proparoxítonas das comunidades rurais afro-brasileiras do estado da Bahia: uma análise sociolinguística

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Silva, Eleneide de Oliveira
Orientador(a): Gayer, Juliana Escalier Ludwig
Banca de defesa: Silva, Maria Cristina Vieira de Figueiredo, Lima, Manuele Bandeira de Andrade
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Letras da UFBA
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Língua e Cultura
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/33134
Resumo: Nesta dissertação de Mestrado, apresentamos a investigação sobre a síncope nas proparoxítonas nas comunidades rurais afro-brasileiras que compõem o banco de dados do Projeto Vertentes do Português Popular do Estado da Bahia, coordenado pelos professores Dante Lucchesi (UFF) e Gredson dos Santos (UFBA). As quatro comunidades afro-brasileiras, Cinzento, Helvécia, Rio de Contas e Sapé, fazem parte do Acervo de Fala Vernácula do Português Afro-Brasileiro. A síncope das proparoxítonas é um processo variável que envolve uma mudança na estrutura silábica. Com sua aplicação, um ou mais fonemas são apagados em sílaba postônica, o que transforma palavras proparoxítonas em paroxítonas, como xícara > xícra, útero > útro, óculos > óclus, abóbora > abobra, entre outros. O principal objetivo deste trabalho é analisar a síncope nas palavras proparoxítonas nas comunidades rurais afro-brasileiras do estado da Bahia, ampliando a descrição do português no nível fônico da língua. Foram selecionadas, do banco de dados, doze entrevistas classificadas por sexo (masculino e feminino), escolaridade (analfabeto e semianalfabeto) e faixa etária (20 a 40 anos, 40 a 60 anos e mais de 60 anos). No total foram analisadas quarenta e oito entrevistas, doze de cada comunidade. Foram oitocentos e dezesseis dados coletados das entrevistas das comunidades estudadas que passaram por uma análise estatística do programa Goldvarb X, considerando algumas variáveis já analisadas em outras pesquisas. As teorias usadas para este estudo foram a Sociolinguística Variacionista, proposta por Labov (1966), e a Teoria da Fonologia Métrica, com a análise métrica do acento, seguindo a proposta de Hayes (1995), e a Teoria Métrica da Sílaba, com ênfase na proposta de Selkirk (1982). Esta pesquisa teve como base alguns trabalhos que analisaram a síncope nas proparoxítonas, como Amaral (1999), Silva (2006), Lima (2008), Santana (2008), Ramos (2009) e Chaves (2011). Após a rodada no programa estatístico, os grupos que demonstraram favorecer a realização da síncope nas proparoxítonas foram contexto fonológico seguinte à vogal postônica (líquida lateral e líquida vibrante), traço de articulação da vogal postônica (dorsal e labial), comunidade (Cinzento), contexto fonológico precedente à vogal postônica (labial), estrutura da sílaba tônica (sílaba pesada) e escolaridade (analfabeto).