O Planejamento Reprodutivo na Atenção Básica ante a Infertilidade Humana: compreensão pelos profissionais que atuam na Estratégia Saúde da Família.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Luna, Emille Maiane Santana Santos lattes
Orientador(a): Vieira, Emanuel Meireles lattes
Banca de defesa: Vieira, Emanuel Meireles lattes, Castelo Branco, Andrea Batista de Andrade lattes, Alves, Daniela Arruda Soares lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Psicologia (PPGPSI) 
Departamento: Instituto Multidisciplinar em Saúde (IMS)
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37265
Resumo: O desejo pela parentalidade é considerado um dos mais universais, sendo parte do projeto de vida da maioria das pessoas. A impossibilidade de gestar ou possíveis complicações nesse processo é capaz de gerar uma complexa crise envolvendo as dimensões biológica, psíquica e social do indivíduo. Diante dos diversos impactos que a infertilidade pode produzir se faz necessário salientar que o direito à procriação é garantido pela Constituição Federal de 1988 e pela Lei 9.263/96 do Planejamento Familiar. Ao Estado Brasileiro cabe a disponibilidade de recursos que possibilitem ao cidadão alcançar a concepção por meios seguros. Nesse cenário, a Atenção Básica tem a importante função de realizar o diagnóstico e tratamento iniciais, além de desenvolver ações destinadas à promoção da saúde reprodutiva. A presente dissertação, de caráter exploratório-descritivo, teve a finalidade de analisar a compreensão dos profissionais da Estratégia Saúde da Família do município de Vitória da Conquista – BA a respeito da assistência em Planejamento Reprodutivo destinada à infertilidade, no contexto da Atenção Básica. Para tanto, foram realizadas entrevistas semi-estruturadas com nove participantes atuantes em equipes de saúde da família, referentes às categorias da enfermagem, técnico em enfermagem, medicina e agente comunitário de saúde. O tratamento dos dados ocorreu através da análise de conteúdo temática dos relatos dando origem a seis categorias: significados do planejamento reprodutivo; concepções a respeito da infertilidade; impactos biopsicossociais da infertilidade; como o cuidado destinado à infertilidade é ofertado no contexto da Estratégia Saúde da Família; percepções sobre o papel da Atenção Básica na assistência à infertilidade; o sexo masculino e o feminino nas demandas referentes ao planejamento reprodutivo. Os resultados, de um modo geral, sugerem que o conhecimento a respeito da infertilidade e do papel da atenção primária nesse cuidado é insuficiente para promover a assistência adequada que os pacientes necessitam. São vários elementos que precisam ser considerados, dentre eles: o entendimento do planejamento reprodutivo enquanto um direito do cidadão, a infertilidade como componente do planejamento, as implicações físicas, psíquicas e sociais do diagnóstico e do tratamento, assim como, a importância que as equipes de saúde têm no acolhimento e na promoção da saúde reprodutiva de seus usuários. Por tratar-se de um estudo que se alinha à proposta de um Mestrado Profissional, foi elaborada uma estrutura de oficina de educação em saúde a ser aplicada com os participantes do estudo, visando a reflexão, a sensibilização e a apropriação do conhecimento acerca do tema.