Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Soares, Adriany Thatcher Castro |
Orientador(a): |
Miranda, Theresinha Guimarães |
Banca de defesa: |
Souza, Joana Belarmino de,
Galvão, Nelma de Cássia Silva Sandes,
García Bordas, Miguel Angel |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Faculdade de Educação
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Educação
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/24149
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Resumo: |
A atual política educacional brasileira garante aos estudantes com Necessidades Educacionais Especiais (NEE) o direito à escolarização comum e preconiza a realização do Atendimento Educacional Especializado (AEE), prioritariamente, em Salas de Recursos Multifuncionais (SRM). O presente estudo analisa a efetivação do processo de inclusão escolar de estudantes cegos e com baixa visão, inseridos na rede pública de ensino do Estado da Bahia. Objetivouse descrever e analisar como estes estudantes têm percebido o Atendimento Educacional Especializado oferecido nas Salas de Recursos Multifuncionais, enfatizando as práticas culturais que vivenciam no ambiente escolar. De caráter qualitativo, a pesquisa adotou como opção metodológica o estudo de caso. A coleta de dados foi realizada em três escolas, que possuem SRM, onde foram entrevistados três estudantes cegos e um com baixa visão. Considerando as diretrizes político-educacionais que norteiam a educação inclusiva, discutidas a partir do referencial dos Estudos Culturais, a análise dos dados considerou: a percepção dos estudantes com deficiência visual sobre a organização e o funcionamento do Atendimento Educacional Especializado nas Salas de Recursos Multifuncionais pesquisadas; a percepção destes alunos sobre a cultura escolar vivenciada, bem como das relações entre seus sujeitos. Os resultados evidenciaram o distanciamento entre as orientações dos documentos oficiais e a atuação efetivada nas SRM pesquisadas; a permanência das instituições especializadas na oferta de AEE para todos os alunos atendidos nas SRM; configurando duplicidade de atendimento; a permanência de barreiras que dificultam a participação e aprendizagem dos estudantes cegos e com baixa visão, como a inacessibilidade a recursos de Tecnologia Assitiva (TA) e materiais didáticos adaptados; ausência de planejamento e precária articulação entre a ação pedagógica desenvolvida nas escolas e nas Salas de Recursos Multifuncionais pesquisadas. Esses fatores constituem profundos obstáculos ao processo de inclusão escolar dos estudantes entrevistados. A pesquisa sugere a necessidade de mudanças na atual perspectiva que outorga aos professores e professoras das Salas de Recursos Multifuncionais a responsabilidade pela construção da cultura escolar inclusiva, sendo necessária a participação de toda comunidade escolar para a garantia da aprendizagem de todos os seus estudantes, sem distinção. |
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