Configuração de poder: um estudo de caso no Banco do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Nóbrega, Maurilio Amorim da
Orientador(a): Silva, Mônica de Aguiar Mac-Allister da Silva
Banca de defesa: Silva, Mônica de Aguiar Mac-Allister da Silva, Tonelli, Maria José, Fadul, Élvia M. Cavalcanti
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Escola de Administração
Programa de Pós-Graduação: Núcleo de Pós-Graduação em Administração - NPGA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/30667
Resumo: Esta dissertação tem como objetivo analisar a configuração de poder no Banco do Brasil na grande Salvador, no ano de 2007, na percepção de seus funcionários, através de um estudo de caso. Para tanto utilizou-se da teoria do poder organizacional de Mintzberg (1983) e da escala de configurações de poder de Paz (1997). Adicionalmente este estudo buscou analisar a percepção da configuração de poder em função da estrutura organizacional na qual se inserem os respondentes; analisar se existem diferenças estatisticamente significativas na percepção do grupamento funcional admitido antes de 1991, que vivenciou o conturbado período vivido pelo banco entre os anos de 1995 e 1997, e aquele admitido a partir de 1997; e, por fim, este estudo buscou analisar se existem diferenças nas percepções das diversas configurações de poder em função de variáveis sócio-demográficas tais como idade, escolaridade, sexo, tempo de banco, localização, porte da dependência, grupamento funcional e comissão exercida. Os resultados evidenciaram que, na percepção de seus funcionários, a AUTOCRACIA é a configuração de poder que melhor representa o banco enquanto que a MERITOCRACIA aparece no extremo oposto como aquela que se apresentou menos significativa na percepção dos funcionários. A análise da percepção em função da estrutura organizacional revelou a existência de diferenças estatisticamente significativas entre os subgrupos das variáveis GRUPAMENTO FUNCIONAL (comissionados e não comissionados), COMISSÃO EXERCIDA e LOCALIZAÇÃO (agência e Direção Geral). Com relação à percepção dos grupamentos funcionais admitidos antes de 1991 e após 1997, o estudo revelou a existência de diferenças estatisticamente significativas apenas para a configuração do tipo SISTEMA FECHADO. O estudo não permitiu, entretanto, afirmar que a diferença de percepção deveu-se exclusivamente ao fato de um grupo ter vivenciado o conturbado período 1995-1997 e o outro não. O estudo mostrou, também, a existência de diferenças estatisticamente significativas na percepção das configurações MISSIONÁRIA; INSTRUMENTO; AUTOCRACIA; ARENA POLÍTICA e SISTEMA FECHADO em função de pelo menos uma das variáveis sócio-demográficas. A configuração MERITOCRACIA foi a única que não apresentou diferenças de percepção em relação a qualquer das variáveis do estudo e a variável PORTE DA DEPENDÊNCIA foi a única que não apresentou diferenças de percepção estatisticamente significativas em relação a qualquer uma das configurações. Apesar da existência dessas diferenças de percepção entre subgrupos de diversas variáveis, o estudo confirmou apenas um nível moderado de correlação entre a variável TEMPO DE BANCO e a configuração do tipo SISTEMA FECHADO com valores de r = 0,360 e p = 0,00. Ao final, as médias obtidas pelas configurações AUTOCRACIA e MISSIONÁRIA, que obtiveram as maiores médias gerais, e a pequena distância entre elas (0,027) confirmam a afirmação de Mintzberg de que não existe um tipo puro de configuração, mas apenas configurações mistas nas quais se pode perceber a predominância de um dos seis tipos propostos.