Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Souza, Fernando Prestes de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-10092019-154951/
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Resumo: |
A tese versa sobre os milicianos pardos de São Paulo que atuaram no Regimento dos Úteis (1797-1831). As milícias de pardos e de pretos remontam ao século XVII e se caracterizaram como uma força militar fundamental para o Estado e um canal de expressão social e política para os seus integrantes até serem extintas, em 1831. Os problemas de que trata se desdobram em três eixos articulados entre si, a saber, a história militar, social e política. No primeiro deles, se examina a milícia parda em meio à estrutura militar colonial e à trajetória das milícias de cor luso-brasileiras. Ademais, aborda-se a sua estrutura de funcionamento e o seu papel nas atividades militares paulistas. O segundo eixo explora a origem e a condição social dos milicianos pardos, com destaque para as questões da formação do grupo de pardos livres e libertos, a vinculação dos milicianos a formas de trabalho compulsório e aos universos indígena, africano e mestiço, e a formação de famílias. Trata, igualmente, da condição socioeconômica dos milicianos, atentando para seu perfil ocupacional, níveis de riqueza e posse de escravos. Finalmente, o terceiro eixo considera a articulação da milícia com a política e encara o universo militar como um campo de tensões. Nele os problemas da oficialidade de cor e da existência dos seus corpos militares, fundamentais para a compreensão da atuação da milícia parda na conjuntura da independência em São Paulo, são examinados a partir das dimensões entrelaçadas do Estado, das autoridades militares locais, da competição entre oficiais brancos e pardos, e das relações de poder internas à milícia parda. A sociologia eliasiana constitui o principal referencial teórico e a tese se ampara em farta e diversificada documentação primária, com destaque para as listas nominativas, fontes paroquiais e especialmente os registros produzidos a partir das atividades cotidianas da milícia, tais como os requerimentos e o livro de matrícula dos milicianos pardos de São Paulo. |