Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Santos Neto, João Marques dos |
Orientador(a): |
Sampaio, Antonio Heliodorio Lima |
Banca de defesa: |
Correa, Elyane Lins,
Huapaya Espinoza, José Carlos,
Silva, Maria Floresia Pessoa de Souza e Silva |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Faculdade de Arquitetura
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/21555
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Resumo: |
Este estudo trata da análise espacial e das formas arquitetônicas que refletem o medo, especialmente o medo do crime, e suas configurações em bairros populares de cidades médias. Por conta do crescimento da violência criminal nas últimas décadas tornou-se imprescindível o aprofundamento deste tema que também se associa ao abandono das práticas coletivas no espaço público. Através dos artefatos de proteção e segurança1, procuramos mapeá-los nas fachadas das residências do bairro Santo Antônio dos Prazeres. A escolha do bairro foi feita em função da alta concentração residencial popular, de médio e alto padrão, configurando-se como uma zona de alta expansão imobiliária. Além disso, os altos índices criminais no bairro, especialmente aqueles ligados aos crimes contra o patrimônio e crimes contra a vida reforçaram o argumento da pesquisa no sentido de se encontrar um local cujas características remetem à “arquitetura do medo”. A“arquitetura do medo” vem sendo recorrentemente estudada por diversas correntes acadêmicas, a exemplo do grupo de pesquisa Arquiviol, da Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal Fluminense, comprovando que a sociedade contemporânea se utiliza cada vez mais do chamado “enclausuramento moderno” e que vem tornando escassas as relações sociais, facilitando de certa forma o aumento da criminalidade. A própria natureza da violência se revela excludente nos diversos territórios sociais, pois o que ocorre em bairros de classe média e alta não é o mesmo que ocorre nos bairros populares, ainda que existam os aparatos policiais, eles se tornam ineficientes no combate ao crime destas localidades, fazendo com que as pessoas “substituam” de certa forma as políticas públicas de segurança pública, por artifícios de proteção, segurança e vigilância. Particularmente no estudo de caso, este trabalho se utiliza do método grounded theory aplicado em pesquisas qualitativas procurando transformar dados qualitativos em códigos mensuráveis que se encontram tão subjetivos, especialmente quando representamos este subjetivismo nas chamadas “cultura do medo” e da “sensação de segurança”. Assim sendo, apesar do presente trabalho dar um enfoque local ao tema, acredita-se que o entendimento da particularidade, ou da fragmentação territorial, possa auxiliar na compreensão das diferentes formas de como o medo da violência urbana, principalmente a criminal, se manifesta e se materializa na forma arquitetônica, servindo como contribuição para estudos comparativos com outras localidades na tentativa de se fazer um diagnóstico regional para cidades médias do problema em tela. |