Cadeia produtiva da indústria da cultura corporal em academias de ginástica: em busca dos nexos e determinações da tese da divisão da formação como decorrência da reestruturação produtiva

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Pupio, Bárbara Cristina
Orientador(a): Peixoto, Elza Margarida de Mendonça
Banca de defesa: Taffarel, Celi Nelza Zulke, Oliveira, Ailton Fernando Santana de, Quelhas, Alvaro de Azeredo, Kasznar, Istvan Karoly, Rodrigues, Maria de Fátima Pereira
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Educação
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/25353
Resumo: Considerando o contexto de reestruturação produtiva e neoliberalismo que incidem na formação social brasileira desde as últimas décadas do século XX, a literatura especializada da área Educação Física estabelece relações entre a divisão da formação em Educação Física e a reestruturação produtiva. Apropriando-se da revisão teórico-conceitual do que a literatura marxista reconhece como reestruturação produtiva, esta pesquisa visa – no âmbito da economia – apanhar a cadeia produtiva da indústria da cultura corporal em academias de ginástica, bem como os sinais de existência de uma reestruturação produtiva que indiquem nexos com a divisão da formação de professores de Educação Física. Buscamos entender os nexos entre o estágio de desenvolvimento da indústria da cultura corporal no setor de academias e – até que ponto, esse estágio de desenvolvimento interfere, influencia, determina – as disputas pela direção da formação em Educação Física no Brasil (1980-2012). A Concepção Materialista e Dialética da História é a teoria do conhecimento que orienta o modo como estamos pensando esse objeto, síntese de múltiplas determinações. As categorias centrais que se articulam são: modo de produção capitalista/reestruturação produtiva do capitalismo na formação social brasileira; reestruturação produtiva x reestruturação da educação/formação da força de trabalho; indústria da cultura corporal (setor de academias); reestruturação produtiva da indústria da cultura corporal/formação de professores de Educação Física. Dentre os resultados da pesquisa, verificamos que houve a necessidade de adequação da força de trabalho no setor de academias, no que se refere as inovações nos equipamentos e aparelhos, novas modalidades corporais, conhecimento de marketing e, principalmente, em relação a atitude pessoal que deve estar voltada ao empreendedorismo e flexibilização, contudo não foram alterações significativas no conteúdo de trabalho do professor de Educação Física, a ponto de justificarem a divisão da formação em Licenciatura e Bacharelado. No nosso entendimento não estão claros os nexos da relação entre reestruturação produtiva e divisão da formação. O reconhecimento da cadeia produtiva do setor de academias e os dados econômicos desse mercado, possibilitou-nos problematizar o debate sobre os interesses dos empresários de academias e suas determinações na direção da formação em Educação Física.