Fatores associados ao transtorno mental comum em mulheres em situação de violência conjugal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Santos, Josinete Gonçalves dos lattes
Orientador(a): Gomes, Nadirlene Pereira
Banca de defesa: Santos, Fransley Lima, Campos, Luana Moura, Paixão, Gilvânia Patricia do Nascimento, Martins, Ridalva Dias, Gusmão, Maria Enoy Neves, Couto, Telmara Menezes, Mota, Rosana Santos
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Enfermagem (PPGENF)
Departamento: Escola de Enfermagem
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/39989
Resumo: A vivência de violência conjugal é um problema de saúde pública e ocasiona inúmeras repercussões para vida das mulheres experienciam. Frente isso, o conhecimento sobre quem são as mulheres em situação de violência conjugal e os fatores que estão associados ao Transtorno Mental Comum, nesse grupo, é de suma importância para protegê-las e elaborar estratégias de prevenção e enfrentamento, principalmente para essas que estão mais vulneráveis. Diante disso, delineou-se como objetivo geral: Investigar os fatores associados ao Transtorno Mental Comum em mulheres em situação de violência conjugal atendidas pela Operação Ronda Maria da Penha. Método: Trata-se de um estudo com abordagem quantitativa, do tipo corte transversal, cuja a amostra foi composta por 231 mulheres em situação de violência conjugal com Medida Protetiva de Urgência que são acompanhadas pela Operação Ronda Maria da Penha. Com intuito de alcançar os objetivos, adotou-se como variável dependente: Transtorno Mental Comum. As variáveis independentes foram: sociodemográficas, expressões da vivência de violência na infância, vivência de violência conjugal na vida adulta, uso de drogas e comorbidades. Os dados foram coletados por meio de um formulário estruturado, no período de janeiro a maio de 2021. Os mesmos foram organizados do programa Microsoft Office Excel e posteriormente transportados para o STATA versão 12, para análise. Inicialmente, foi efetuada a análise exploratória por meio da estatística descritiva para caracterização da amostra estudada. Em seguida, foi realizada a analise bivariada para verificar a associação as variáveis independentes e o Transtorno Mental Comum, para isso foi realizado o cálculo da razão de prevalência (RP). O nível de significância estatística adotado em todas as análises foi de 5% (α  0,05) e IC 95%. O valor de p foi obtido pelo Qui-quadrado de Pearson ou Exato de Fischer. Resultados: O estudo mostrou associação entre fatores sociodemográficos, vivência violência conjugal e Transtorno Mental Comum. Destacando que houve uma associação estatisticamente significante (p 0,05) do Transtorno com as seguintes variáveis: o tempo de vivência na relação violenta (RP = 1,21), ter experienciado a violências psicológica (RP = 2,78), a violência sexual (RP = 1,41) e as cinco as expressões da violência (RP = 1,22). Verificou uma associação estaticamente significante entre a vivência de violência na infância/adolescência e desfecho, sendo que as mulheres que presenciaram a violência física (RP=1,20; p=0,04) e aquelas que sofreram tanto a psicológica (RP=1,32; p=0,01) quanto a física (RP=1,25; p=0,016) tinham mais probabilidade de desenvolver o Transtorno Mental Comum, do que aquelas que não presenciaram, ou não sofreram este tipo de agravo, nessa fase da vida. Estes resultados evidencia o grupo de mulheres em situação de violência conjugal que tem mais probabilidade de desenvolver o Transtorno Mental Comum, mostrando assim a necessidade de direcionar as ações de cuidado a esse grupo que está mais vulnerável.