Devir Ofélia e a emergência de uma poética da dissolução

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Carvalho, Raiça
Orientador(a): Amoroso, Daniela
Banca de defesa: Moura, Gilsamara, Borges, Paula Alice
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Escola de Teatro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/26952
Resumo: “Devir Ofélia e a emergência de uma poética da dissolução”, pesquisa de característica prático-teórica, condensa os rumores criativos de um devir despertado por Ofélia, a afogada de Shakespeare. A Ofélia que despenca no riacho, a mulher que se transmuta em rio, a que enlouquece e canta, afirma neste texto e na prática que o engendra, uma poética que dissolve o hábito do pensamento moderado, da comunicação domesticada, do processo criativo pautado por regras estanques e dos ditames que demarcam cada área de criação. Esta poética, que intitulo de poética da dissolução, emerge aos poucos ao longo de criações sucessivas e, especialmente, durante o processo criativo do espetáculo “Loucas do Riacho”. Ela nasce do cruzamento de uma poética da água e uma poética da loucura e se materializa nos corpos criativos em qualidades de fluxo, trânsito, abandono, disrupção, desorientação e vertigem. Essas qualidades terminam por dissolver as divisas entre teatro, dança e performance, entre arte e vida, entre teoria e prática, entre visível e invisível, entre condução e desorientação, entre movimento e descanso, entre casa e rua, entre silêncio, palavra e som. A pesquisa se desenvolve através da cartografia e da pesquisa performativa, (contra-)metodologias em cujos cruzamentos são compostos os elos entre o corpus artístico e o corpus teórico do trabalho.