Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Paiva, Larissa Celeste Araújo
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Orientador(a): |
Aragão, Erika Santos de |
Banca de defesa: |
Aragão, Erika Santos de,
Marinho, Claudia Silva,
Mendes, Vinicius Araújo |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia. Instituto de Saúde Coletiva
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (PPGSC-ISC)
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Departamento: |
Instituto de Saúde Coletiva - ISC
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/38165
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Resumo: |
No Brasil diabetes é considerada a principal doença metabólica durante a gravidez. Diabetes Gestacional tem como definição qualquer grau de intolerância à glicose, cujo diagnóstico ocorre no início da gestação, podendo ou não persistir após o parto. Os hábitos de vida das gestantes e/ou a carga hereditária são considerados importantes fatores para o desenvolvimento da doença. Grávidas com diabetes tendem a ter maiores complicações na gravidez e há maiores possibilidades de complicação, refletindo em maior custo para os serviços de saúde e impacto para as famílias. O estudo tem como objetivo geral estimar o diferencial médio de custos diretos de internamento para o parto das gestantes com diabetes e sem a doença, em uma maternidade pública em Salvador/Bahia, no ano de 2016 na perspectiva do Sistema Único de Saúde. Trata-se de um estudo observacional, com um teste de diferença de médias entre dois grupos pareado retrospectivo, de avaliação dos custos da doença, com uma abordagem quantitativa. Para a coleta dos dados do perfil clínico epidemiológico foram utilizadas informações dos prontuários das 135 pacientes e dados dos sistemas hospitalares delas. Para estimar os custos das pacientes em cada grupo coletou-se dados referente a quantidade de exames e medicação utilizadas, via de parto, internação da gestante em enfermaria e do RN em UTIneo. Foram realizadas análise estatística descritiva com teste de diferença de média para obtenção do custo médio e verificação da significância da diferença. Como resultados para os grupos caso e comparação encontrou-se respectivamente: Tipo de parto: cesariana - 81,4% vs 24,6%, parto normal – 18,6% vs 75,4%; Internamento de gestantes para intercorrências clínicas: apenas as do grupo caso internaram, o que corresponde 30% das gestantes do grupo; RN internado em UTIneo: 23,2% vs 4,61%. A média do custo total foi de R$ 9.463,4 vs R$5.986,53,30 caso e comparação respectivamente. Todos os itens tiveram valores maiores no grupo caso. O item de custo que contribuiu para uma diferença maior entre os grupos foi o de internamento à gestante e o que diminuiu essa diferença foi o de internamento do RN na UTIneo. O custo incremental médio pode ser de até 58,8% a mais para gestantes com diabetes. Essa proporção maior correspondeu a um diferencial incremental médio de R$ 3.476,9 para as gestantes com diabetes internadas para o parto no ano de 2016. Evidencia-se que o parto da gestante com diabetes gestacional além de ser mais custoso para o SUS também implica maior possibilidade de desfechos desfavoráveis, portanto reforçar mediadas de prevenção e diagnóstico precoce se faz necessários e urgentes para minimizar os impactos de saúde das mulheres e seus filhos. |