Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Santiago, Robson Reis
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Orientador(a): |
Torres, Antônio Puentes
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Banca de defesa: |
Torres, Antonio Puentes
,
Santos, Jémison Mattos dos
,
Moreira, Cleiton Vasconcelos
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Geografia (POSGEO)
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Departamento: |
Instituto de Geociências
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/41028
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Resumo: |
Para avaliar a dinâmica hídrica da Sub-Bacia Hidrográfica do Rio Paramirim (SBHRP), predominantemente localizada no Bioma Caatinga, foram utilizados dados hidrológicos do período de 1977 a 2019. A SBHRP é tributária da margem direita da bacia hidrográfica do rio São Francisco, pertencente à Região de Planejamento e Gestão das Águas XX do estado da Bahia, situada integralmente no semiárido baiano, no chamado Polígono das Secas. A sub-bacia abrange uma área constituída por vinte e quatro municípios e sua foz está localizada no município de Morpará, e sua nascente no município de Érico Cardoso, com área total de 17.942 km². O clima da área em estudo varia do semiárido para o subúmido. As temperaturas oscilam, em média, entre 19ºC e 25ºC. As chuvas costumam se concentrar entre a primavera e o verão, com precipitações anuais entre 800 e 500 mm, nas áreas mais áridas. O uso da metodologia denominada Hidrologia Avançada e Experimental (HAE) proposta por Gonçalves (2004), a qual apresenta-se como uma nova alternativa de observar as vazões numa bacia hidrográfica associando-as à precipitação, possibilitando fazer uma avaliação integrada com o Tempo de Retardo Médio (TRM), ampliando a utilização básica de conceitos usuais do tempo de atraso, concentração ou de retardo, como são conhecidos, e permite a interação água superficial e subterrânea. Os resultados demostraram a eficácia da utilização desta metodologia na identificação da influência da precipitação e do aquífero na composição da formação das vazões, nesta sub-bacia, e comprovam a importância dos fatores intervenientes climáticos e fisiográficos na formação das vazões. A partir da classificação da bacia hidrográfica utilizando o Tempo de Retardo Médio (TRM) < 30 dias ou ≥ 30 dias, podemos classificar as bacias hidrográficas em duas tipologias: bacia impermeável ou bacia permeável. O Tempo de Retardo Médio (TRM) é de suma importância para os estudos de análise hidrológica, esses dados possuem informações que possibilitam uma melhor gestão e planejamento das águas na SBHRP. Conhecer os dados de vazões permite constatar os períodos de cheia e de estiagem e assim manter o volume hídrico com maior disponibilidade para as populações ribeirinhas e do entorno. A possível utilização das águas do rio Paramirim, em especial as águas da barragem do Zabumbão para um projeto de abastecimentos de outras cidades a jusante da barragem, podem gerar novos conflitos pelo uso da água, principalmente, pelos agricultores que moram próximos a barragem, uma vez que na ocorrência de uma crise hídrica, o abastecimento humano e dessedentação animal são prioritários. As conclusões a respeito dos parâmetros experimentados revelam que a sub-bacia hidrográfica do rio Paramirim pôde ser classificada como permeável, com TRM ≥ 30 dias e que a maior contribuição para geração de suas vazões vem da precipitação. |