Problemas e conflitos bioéticos no cotidiano do trabalho de profissionais de equipes de saúde da família

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Valadão, Patrícia Aparecida da Silva
Orientador(a): Kusterer, Liliane Elze Falcão Lins
Banca de defesa: Carvalho, Fernando Martins, Fagundes, Norma Carapiá
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Medicina da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Saúde, Ambiente e Trabalho
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/31389
Resumo: O sucesso da Estratégia de Saúde da Família (ESF) deve-se, em parte, ao trabalho em equipe de seus profissionais. Este estudo qualitativo objetivou analisar os discursos acerca dos problemas e conflitos bioéticos, envolvidos no cotidiano de trabalho dos profissionais de duas equipes da ESF, de um município da região metropolitana de Salvador/ BA. Realizou-se entrevistas semiestruturadas e a observação em campo. Com base na análise de conteúdo proposta por Bardin, ancorados no principialismo e no pensamento complexo segundo Edgar Morin, emergiram quatro temáticas: problemas e conflitos bioéticos no cotidiano de trabalho da ESF; a atenção básica do SUS; a relação de trabalho na ESF; cogestão e humanização na atenção básica. Os resultados evidenciaram a falta de companheirismo e colaboração entre os membros da equipe, ações verticalizadas da gestão e as dificuldades em preservar a privacidade dos usuários e dos profissionais. Destaca-se também a disparidade de poder nas relações interprofissionais e o encontro ‘frio’ entre Nasf e equipe. Revelou uma ESF descaracterizada, com pouca credibilidade por parte dos profissionais, considerada como ambulatório e, por isso, escolheriam o hospital se pudessem. Conclui-se que os problemas e conflitos bioéticos ferem os princípios da Bioética, além de esgarçar o tecido social do trabalho na ESF, contribuindo na descaracterização da atenção básica. A equipe saúde da família não tem avançado na experimentação de trabalho em equipe interdisciplinar, com um fazer cotidiano distante dos princípios da humanização em saúde.