"Depois que eu entrei no curso...": a graduação em nutrição como marco experiencial na construção das práticas alimentares de seus estudantes.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Gomes, Indira Ramos
Orientador(a): Santos, Ligia Amparo da Silva
Banca de defesa: Bittencourt, Liliane de Jesus, Soares, Micheli Dantas
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Escola de Nutrição
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Alimentos, Nutrição e Saúde
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/29787
Resumo: O presente estudo se propôs a compreender como estudantes de Nutrição agenciam suas práticas alimentares ao longo do percurso formativo. O trabalho está situado na interface entre as Ciências da Saúde e da Nutrição e as Ciências Sociais e Humanas com o intuito de ampliar as compreensões sobre os fenômenos no campo da Alimentação e Nutrição. Este trabalho apresenta parte dos resultados da análise no artigo “Narrativas de estudantes de Nutrição sobre suas práticas alimentares no percurso formativo em uma universidade pública”. A entrevista narrativa foi elemento central para a produção de dados diante da possibilidade de reconstrução do próprio percurso biográfico desses sujeitos. Para análise dos dados, foi utilizada a abordagem compreensiva. Foram elaboradas questões de referência relacionadas à descrição das práticas alimentares de estudantes de Nutrição; aos sentidos e significados atribuídos às experiências alimentares e o que mudou/permaneceu (e como) nas práticas alimentares durante este processo. As narrativas evidenciaram como o curso de Nutrição aparece enquanto marco na trajetória de vida desses agentes, singularizando os processos de (re) construção das práticas por estudantes Destaca-se nesse processo a desestruturação das práticas alimentares no início de curso; a instituição da marmita como prática simbólica e incorporada no cotidiano, bem como as experiências marginais e ressignificações no processo de construção das práticas alimentares. Ressalta-se ainda as práticas alimentares enquanto constituintes de identidades - inclusive profissional, que interagem com o conjunto de interditos do agir. Salienta-se que as estudantes agenciam suas práticas orientadas por diferentes formas de conhecimento e realizam acordos (inter) subjetivos que organizam a experiência alimentar, em um cotidiano que se reinventa. São maneiras de lidar com a norma disciplinadora e os sujeitos, em interação, se apropriam dos discursos e nas experiências cotidianas (re) elaboram uma nova ordem alimentar.