Comer o outro: dinâmicas do mercado editorial de autoria negra dentro e fora de Salvador

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Jesus, Alanne Maria de lattes
Orientador(a): Souza, Arivaldo Sacramento lattes
Banca de defesa: Rodriguez, Maria Dolores Sosin lattes, Souza, Débora de lattes, Souza, Arivaldo Sacramento de lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Pós-Graduação em Literatura e Cultura (PPGLITCULT) 
Departamento: EDUFBA
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/41033
Resumo: A publicação de obras de autoria negra sempre esteve associada a um discurso da falta na Literatura Brasileira, aprofundando os processos de epistemicídio e pilhagem epistêmica do arquivo editorial e literário negro. Partindo disso, analisamos a conformação do mercado editorial de autoria negra em Salvador e os contextos nacionais e estrangeiros nos quais ele está inserido. Para tal, buscamos caracterizar as dinâmicas e nuances de funcionamento nas interações literárias e editoriais no mercado editorial mainstream, dando ênfase a operadores críticos-conceituais como comodificação, identidade e memória cultural negra. Construída por meio de levantamento bibliográfico, mapeamento de catálogos, listagem de obras nacionais mais vendidas e decupagem de entrevistas de agentes do mercado editorial de Salvador por meio de sites institucionais, este trabalho também aponta as formas pelas quais uma obra de autoria negra pode ser comodificada, isto é, esvaziada, assimilada e/ou incorporada para atender a critérios de mercado, evidenciando os tensionamentos estéticos, econômicos e políticos decorrentes dessa lógica, em que recepção crítica e agentes literários negros estão imersos. Por fim, as iniciativas editoriais mapeadas afirmam a existência de projetos editoriais e literários de autoria negra, ao mesmo passo que inscrevem na literatura a memória negra, mostrando como tais iniciativas editoriais são o próprio centro de criação política e estética de arquivo.