“Não deixar ninguém para trás”? Uma análise dos movimentos globais HeForShe e Objetivos de Desenvolvimento Sustentável

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Rodrigues, Arthur Fachini lattes
Orientador(a): Cavalcanti, Vanessa Ribeiro Simon lattes
Banca de defesa: Cavalcanti, Vanessa Ribeiro Simon lattes, Tavares, Marcia Santana lattes, Barbosa, Francirosy Campos lattes, Moura, Tatiana Gonçalves
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Estudos Interdisciplinares sobre Mulheres, Gênero e Feminismo (PPGNEIM) 
Departamento: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FFCH)
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/36362
Resumo: A desigualdade de gênero, a violência e a opressão das mulheres é uma questão de longa data, e é inegável a sua crescente importância para qualquer debate, iniciativa ou movimento que esteja verdadeiramente comprometido com a justiça social. O lançamento dos movimentos globais HeForShe, em 2014 pela Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres, ONU Mulheres, e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, em 2015 pela Organização das Nações Unidas (ONU), representam importantes marcos nos esforços globais para fortalecer e fomentar as mudanças necessárias no mundo e nos esforços para a superação da desigualdade de gênero e a promoção do desenvolvimento sustentável. Reconhecendo que a superação da desigualdade de gênero não pode estar dissociada das lutas para a superação de opressões como a racial, de classe e da hetero-cis-normatividade, e que apenas respostas estruturais poderão garantir a superação destas desigualdades; nesta pesquisa, fundamentado em teorias feministas, com uma abordagem interseccional e decolonial, realizo uma análise crítica sobre esses dois movimentos globais, e em específico o ‘ODS 5: Igualdade de Gênero’, com o objetivo de melhor compreender como as propostas, metas e estratégias desses movimentos globais respondem às opressões e desigualdades estruturais; como estes movimentos se posicionam em relação à universalização das viências e experiências das mulheres; e como contemplam as pautas feministas da atualidade. A metodologia utilizada neste trabalho é de análise qualitativa, com base documental e de mídias, disponíveis nas plataformas e páginas oficiais dos movimentos globais estudados e de entidades da ONU, e revisão de literatura feminista. Resultados da análise apontam ausências de marcadores sociais importantes, propostas paliativas frente às desigualdade estruturais, e a não contemplação de pautas importantes do movimento feminista.