Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Silva, Mariana Dionísio Cavalcante da
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Orientador(a): |
Pereira, João Márcio Mendes
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Banca de defesa: |
Pereira, João Márcio Mendes,
Guedes, Moema de Castro,
Fontes, Virginia Maria Gomes de Mattos |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em História
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Departamento: |
Instituto de Ciências Humanas e Sociais
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13846
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Resumo: |
Esta dissertação analisa a documentação do Banco Mundial, mais precisamente, os seus Relatórios sobre o Desenvolvimento Mundial (RDMs) e publicações setoriais, entre os anos de 1979 e 2012, a fim de perceber as formas pelas quais a instituição manejou as categorias “mulher” e “gênero” em suas abordagens mais amplas sobre o desenvolvimento. A pesquisa dá ênfase aos conflitos que rodearam as estratégias para as mulheres e/ou relações de gênero e as interações estabelecidas entre o Banco e organizações de mulheres. As abordagens do Banco sobre o tema, conforme mostrou a análise documental, variaram em meio às tensões do capitalismo contemporâneo e se tornaram limitadas frente às crises econômicas e à intensificação do conflito de classes no mundo. O Banco Mundial, em dois momentos (primeiro na década de 1970 e depois em 1990), precisou responder às crescentes contestações sociais sobre a sua atuação, a fim de garantir a sua posição como laboratório de teorias e práticas de desenvolvimento capitalista. Durante esse processo, o feminismo tornava-se um movimento de base ampla e as reivindicações das mulheres alcançaram o status de questão socioeconômica fundamental. Em meio aos esforços do Banco para estabelecer um marco de interpretação da pobreza e meios de aliviá-la, parcelas do feminismo faziam frente às burocracias internacionais, com o objetivo de institucionalizar as pautas e reivindicações das mulheres na agenda global de desenvolvimento. Num primeiro momento, aborda-se a aproximação de determinada agenda feminista com a agenda neoliberal, através da análise das diferenças de classe entre mulheres trabalhadoras, suas dispersões em diferentes arenas políticas e a cooptação e despolitização de pautas relacionadas às mulheres. A seguir discute-se como as ideias feministas foram manejadas por agências financeiras, que consolidaram políticas públicas para as mulheres dentro dos pressupostos da ciência econômica dominante. Por fim, analisa-se como esse processo ocorreu no interior do Banco Mundial, tanto em seu funcionamento interno, mas principalmente nas recomendações e publicações sobre o tema desde a década de 1970. O RDM de 2012, o único a abordar o tema “igualdade de gênero e desenvolvimento” foi o último relatório analisado e foi possível concluir que ele instrumentalizou as mulheres de duas formas: (i) através da apropriação e ressignificação de determinadas reivindicações feministas; (ii) a utilização das mulheres como álibis para o baixo crescimento capitalista, alegando-se a sua baixa “produtividade” no processo de acumulação. |