Potes que jorram histórias: narrativas das Infâncias em Pintadas – Ba

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Gonçalves, Rosselinni Brasileira Rosa Muniz lattes
Orientador(a): Oliveira, Marinyze Prates de lattes
Banca de defesa: Canda, Cilene Nascimento lattes, Rubim, Lindinalva Silva Oliveira lattes, Menezes, Karina Moreira
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa Multidisciplinar de Pós-Graduação em Cultura e Sociedade (Poscultura) 
Departamento: Instituto de Humanidades, Artes e Ciências Professor Milton Santos - IHAC
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/36539
Resumo: O presente trabalho se propõe a analisar as narrativas infantis através da experiência da Poteca, uma biblioteca de histórias orais que no lugar de livros possui potes, em um contexto de sutura entre pesquisa e extensão da Universidade Federal da Bahia. O intuito é abordar essa prática dentro do contexto da infância, uma vez que esta possui o estigma de ocupar umaposição de silêncio ante sua produção cultural e capacidade de conferir sentido de modo autônomo. Para tal, traremos dentro dos estudos das culturas e identidades novos olhares sobre esse grupo social com base em uma abordagem multireferencial, tendo como escolha metodológica a pesquisa qualitativa. Desse modo, refletiremos sobre a Poteca embasada por um arcabouço teórico proveniente dos estudos das ciências humanas sobre as crianças e suas nuances. Vale destacar que a intenção aqui é também ir além da construção social do conceito de infância, compreendendo esse estrato como grupo carente de um olhar sensível e sua concepção como algo que está para além da faixa etária socialmente aceita. Apesar de a pesquisa transitar por alguns espaços de aprendizagem, o enfoque dado no texto será para a experiência vivida na cidade de Pintadas – Ba, uma cidade pioneira na adesão à economia solidária como via de produção. A análise é feita com base no processo de aproximação com a cidade durante a construção e efetivação da 12ª Semana Cultural de Pintadas. O imbricamento com a programação cultural ocorreu por meio da organização da Vivência: universidade para fora, proposta pelo Movimento de Juventude Viva Gente, em parceria com o Diretório Central dos Estudantes (DCE – UFBA), com o apoio da Pró-Reitoria de Extensão (UFBA). Perpassa ainda a localização do contexto de uma cidade que se volta para novas práticas de tecnologias sociais e econômicas com base no cooperativismo e autogestão que foram motivados pelo movimento da Teologia da Libertação que teve início na década de 1960. A tessitura teórica tem por objetivo tratar das culturas da infância e seus desdobramentos, da performance oral em diálogo com a psicodinâmica da oralidade, bem como do conceito de experiência e das dimensões do tempo na cultura ocidental.