Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Santos, Murilo dos Anjos
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Orientador(a): |
Marsico, Giuseppina
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Banca de defesa: |
Marsico, Giuseppina
,
Barreto, Mariana Leonesy da Silveira
,
Pontes, Vívian Volkmer
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Psicologia (PPGPSI)
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Departamento: |
Instituto de Psicologia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/40636
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Resumo: |
Esta pesquisa teve como objetivo analisar as trajetórias acadêmicas de jovens estudantes a partir das significações construídas sobre ser gay e negro na educação superior. As experiências de jovens gays e negros no Brasil são marcadas pela ação de sistemas de opressão, historicamente construídos, que atuam sobre seus corpos, condutas e identidades. A partir de suas trajetórias educacionais, diversos discursos, muitas vezes estereotipados, sobre “ser gay” e “ser negro” são internalizados e integrados às suas percepções identitárias. Ao longo da vida, essas significações são tensionadas a partir de experiências significativas, com forte carga afetiva, que proporcionam aos sujeitos a emergência de novos significados relacionados às suas identidades. Considerando a universidade como um espaço fronteiriço, propício a vivência dessas experiências, este estudo parte da premissa de que a inserção no ensino superior viabiliza a autorregulação semiótica e o reposicionamento identitário. Um estudo de caso único foi realizado através de uma entrevista narrativa com um jovem estudante autodeclarado gay e negro da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB), localizada no município de São Francisco do Conde – BA. Os dados construídos em campo foram analisados sob as lentes da Psicologia Cultural de Orientação Semiótica (Valsiner, 2012; Marsico & Tateo, 2017). Os resultados mostram que as principais experiências vivenciadas na universidade promotoras da autorregulação dessas categorias identitárias, estão relacionadas ao senso de pertencimento institucional, ao desenvolvimento do pensamento crítico sobre identidade e a possibilidade de criar narrativas sobre si, vislumbrando novas possibilidades além das impostas pelos sistemas de opressão. |