Prefixos derivados de preposições em textos de língua portuguesa do século XVII até a contemporaneidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Santana, Davi de Oliveira
Orientador(a): Poggio, Rosauta Maria Galvão Fagundes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Programa de Pós-Graduação em Letras e Linguística da UFBA
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/11640
Resumo: Esta pesquisa, de cunho funcionalista, intitulada Prefixos derivados de preposições em textos de Língua Portuguesa do século XVII até a contemporaneidade, objetiva identificar os processos e os princípios de gramaticalização aplicáveis à mudança preposição > prefixo, bem como analisar os aspectos semânticos dessa mudança com base nas teorias do localismo e dos protótipos. A partir de um corpus constituído de cartas do século XVII (Cartas do Maranhão, de Antônio Vieira) e do século XVIII (Cartas baianas setecentistas), comparam-se, inicialmente, esses dois períodos entre si com as informações etimológicas relativas aos itens pesquisados encontradas, principalmente, em Cunha (1991) e Romanelli (1964) e com os dados do século XIV, referentes às preposições, analisados por Poggio (2002). Em seguida, acrescenta-se a análise de dados de sincronias posteriores (século XIX, Levante da Devassa dos Escravos; século XX, Diálogos do Projeto NURC), chegando até a contemporaneidade, objetivando verificar até que ponto e com que características continua o uso de prefixos formados a partir de preposições. Julgou-se apropriado incluir uma breve exposição e aplicação da nova proposta de estudo multissistêmico da mudança lingüística de Castilho (2003), haja vista que os pressupostos da teoria da gramaticalização relacionados com o princípio da unidirecionalidade, que inclui a premissa do enfraquecimento ou “desbotamento” semântico dos itens que adquirem um maior caráter gramatical, têm sofrido muitas críticas em parte da literatura contemporânea sobre a gramaticalização, e também em razão das dificuldades encontradas em se comprovar a aplicabilidade de tais pressupostos em todos os casos de mudança preposição > prefixo analisados.