Meditação e música: EEGq e redes funcionais cerebrais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Costa, Naíma Loureiro de Souza lattes
Orientador(a): Sena, Eduardo Pondé de lattes
Banca de defesa: Miranda, José Garcia Vivas lattes, Rosário, Raphael Silva do lattes, Costa, Isis da Silva lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Processos Interativos dos Órgãos e Sistemas (PPGORGSISTEM) 
Departamento: Instituto de Ciências da Saúde - ICS
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/34957
Resumo: Introdução: Sabe-se que diferentes tipos de meditação induzem diferentes respostas na atividade cerebral. Dentre esses diferentes tipos, existem aqueles acompanhadas de música, entretanto, pouco se sabe a respeito do papel dessa ferramenta na atividade elétrica cerebral durante a meditação. Objetivo: Comparar as potências das frequências delta, teta, alfa, beta e gama e o padrão de conectividade funcional cortical durante a meditação Raja Yoga, com e sem indução musical, em meditadores experientes. Métodos: Participaram 9 mulheres e 3 homens, com idade média (DP) de 48,71 (16,27) anos, praticantes da meditação Raja Yoga, na instituição Brahma Kumaris, Salvador-BA-Brasil. A coleta foi realizada através de um EEG com 22 canais e dividida em 4 etapas: relaxamento (RL), meditação sem música (MD), meditação com música específica (ME) e meditação com música inespecífica (MI). Os dados foram filtrados e as potências das frequências, extraídas. As frequências que apresentaram diferenças significativas na avaliação das potências foram selecionadas para a construção de redes de frequência e extração do grau ponderado (Kp), através do método motifs. Resultados: O resultado da ANOVA demonstrou um aumento da potência gama na região frontal durante as meditações com música (ME e MI) em relação à sem música, bem como um aumento da potência beta na região frontal durante a MI em relação à MD. Para a rede de frequência beta, foi observado um aumento da conectividade cortical no hemisfério direito, na MI em relação à ME e à MD, e na região frontal durante a MI em comparação à MD e à ME. Para a rede gama, houve um aumento da conectividade na região frontal durante a MI comparado à MD. As análises de tamanho de efeito demonstraram maior magnitude na região frontal esquerda (FE) do que na região frontal direita (FD) na avaliação MI x MD e na região FD comparado à FE, na avaliação MD x ME. Conclusão: A atividade das potências e conectividade cortical das frequências beta e gama na região frontal parecem estar envolvidas no processamento musical durante a meditação, havendo diferenças no padrão de ativação de acordo com o tipo de música utilizada.