Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Lessa, Luciana Falcão |
Orientador(a): |
Figueiredo, Angela Lucia Silva |
Banca de defesa: |
Pacheco, Ana Cláudia Lemos,
Gomes, Patrícia Godinho,
Souza, Cristiane Santos,
Brito, Luciana da Cruz,
Figueiredo, Angela Lucia Silva |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas
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Programa de Pós-Graduação: |
Pós-Afro Programa Multidisciplinar em Estudos Étnicos e Africanos
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/32532
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Resumo: |
Este trabalho trata dos efeitos da colonização, da escravidão e do racismo na subjetividade e nas relações afetivas das mulheres negras integrantes da Rede de Mulheres Negras da Bahia, acrescentando dados e reflexões à temática da solidão da mulher negra. Para atender a esse objetivo, utilizei como metodologia a análise de trajetórias e entrevistei mulheres negras integrantes da Rede de Mulheres Negras da Bahia, que desenvolveram suas trajetórias da década de 1970 até a atualidade, um período de grande movimentação política da população negra em busca de reparação, que vem resultando em importantes conquistas de direitos, ultimamente protagonizadas pelas mulheres negras. São elas que vêm dominando as narrativas que politizam as redes sociais, as mídias, os espaços públicos e privados sobre as questões raciais. Esta pesquisa revelou que internalizamos as diferenças e a sensação de sermos cidadãs de segunda categoria, em virtude de uma exposição contínua à inferiorização, algumas vezes velada e outras não, cujo principal objetivo está em construir subjetividades subalternizadas e fragilizadas através da colonização do ser, uma estratégia utilizada pelos colonizadores e ressignificada pelos grupos hegemônicos. A opção por trabalhar com essas mulheres se deve não somente ao fato de trazer à tona a dimensão subjetiva do racismo, mas de tornar igualmente público o processo de transição da negação da identidade negra para sua afirmação na trajetória dessas mulheres, ou seja, publicizar os processos de descolonização de suas subjetividades, rompendo com a lógica colonial que impõe apenas uma possibilidade de existir, a do grupo hegemônico. |