Uma dança que escorre: ações dançantes antimanicomiais com mulheres assistidas em um centro de atenção psicossocial (CAPS) em Fortaleza

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Bento, Ana Edwiges Silva lattes
Orientador(a): Silva, Márcia Virgínia Mignac da
Banca de defesa: Silva, Márcia Virgínia Mignac da, Katz, Helena Tânia, Amoroso, Daniela Maria
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Dança (PPGDANCA)
Departamento: Escola de Dança
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/36298
Resumo: Esta pesquisa emerge da necessidade de investigar, desenvolver e aprofundar compreensões e articulações entre dança, corpo e a saúde mental no contexto de um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), na cidade de Fortaleza, a partir da experiência realizada nos anos de 2017 e 2018 em um grupo com mulheres. Dessa maneira, apresenta como objeto de estudo a implementação da dança enquanto propositora de ações antimanicomiais com um grupo de mulheres assistidas em um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS). Assim, objetiva apresentar a dança como uma ação propositiva capaz de instaurar outras formas de vida com mulheres em sofrimento psicossocial. Para tanto, revisita-se a experiência de dança desenvolvida no CAPS nos anos de 2017 e 2018, utilizando-se de conteúdos em imagens e escritas durante a ocorrência do grupo e realizando entrevistas semiestruturadas com as mulheres, profissionais do serviço e familiares. A metodologia escolhida se constitui como uma abordagem múltipla que combina pesquisa bibliográfica, cartografia e pesquisa de campo. Toda a construção da pesquisa se dá a partir do entendimento de que as ações de dança trabalhadas no e pelo corpo que dança podem atiçar nesses corpos outros modos de se perceber e existir distintos das ações de intervenção aos quais foram submetidos, como também aos processos de subjetivação vinculados à saúde mental. Considerando o CAPS como locus da pesquisa, o atravessamento de saberes e práticas dos campos da dança, da saúde mental e dos estudos de gênero buscam abordar a complexidade do tema, sem a ilusão de exauri-lo. Deste modo, intenta-se compreender as relações entre a percepção de estados corporais e a construção de modos de existência enquanto mulheres no contexto de um equipamento das políticas públicas de saúde mental. Os conhecimentos compartilhados pelas mulheres proseiam com referenciais teóricos constituindo-se como possíveis intercessores na fundamentação da pesquisa, como Katz e Greiner (2005, 2015), Pelbart (2018, 2019), Foucault (1997, 2014), Oliveira (2009, 2012), Amarante (1994, 1995, 2007), Santos (2011), entres outros. Intenciona-se, assim, abrir espaços para caminhos investigativos em dança acerca dos processos de subjetivação e formas de vida no campo da saúde mental e contribuir para a produção de conhecimento em que exista interlocuções entre arte e saúde.