Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Carvalho, Cíntia Paula Andrade de |
Orientador(a): |
Vieira, Nancy Rita Ferreira |
Banca de defesa: |
Fonseca, Aleilton Santana da,
Ramos, Ana Rosa Neves,
Cunha, Eneida Leal,
Lima, Rachel Esteves |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Instituto de Letras
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Literatura e Cultura
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/28839
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Resumo: |
O estudo, ao analisar narrativas contemporâneas de ficção histórica que revistam a temática da Guerra da Tríplice Aliança (1864-1870), evento, outrora, prioritariamente interpretado sob a ótica das lealdades nacionais, comprova a hipótese de que as obras que compõem o corpus – O livro da Guerra Grande (2002), de autoria do paraguaio Augusto Roa Bastos, do uruguaio Omar Prego Gadea, do brasileiro Eric Nepomuceno e do argentino Alejandro Maciel, Cunhataí: um romance da Guerra do Paraguai (2003), de Maria Filomena Bouissou Lepeeki, e O rastro do jaguar (2009a), de Murilo Carvalho – rasuram o ideário de nação como uma “comunidade imaginada” (ANDERSON, 2008) homogênea. As narrativas assinalam as fragilidades do caráter uniformizador sobre o qual se assentam as identidades nacionais e refletem as tensões entre as diferenças culturais internas às nações e, ao mesmo tempo, semelhanças externas ao estado nacional. O trabalho, fundamentado nos princípios teóricos voltados para a relação Literatura e História e dos Estudos Culturais, aponta as estratégias estéticas acionadas nas narrativas, que tanto sugerem a redefinição dos princípios e caracterizações que revestem a concepção de identidade nacional quanto do contexto no qual se concebe atualmente que esse mesmo construto simbólico encontra-se negociando sentidos e posicionamentos com outras categorias de pertencimento (etnia, gênero, regionalismo). As obras são atravessadas por um posicionamento crítico, ao acionar como força motriz uma ordem alternativa, seja intranacional, seja “inter-nacional” ou, ainda, supranacional. Colocada em prática essa perspectiva, em uma das obras, a identidade nacional negocia sentido com a identidade de gênero, nas outras duas, com identidades étnicas, seja sob o símbolo da latino-americanidade, seja sob a roupagem da identidade ameríndia. |