“Quem não quiser ser lobo não lhe vista a pele”: a atuação da Marinha Imperial na guerra da Tríplice Aliança contra o Governo do Paraguai sob comando do Vice-Almirante Tamandaré

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Silva, Jéssica de Freitas e Gonzaga da
Orientador(a): Castro, Celso
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/10438/34151
Resumo: Durante o século XIX, as transformações políticas, sociais, econômicas e tecnológicas contribuíram para mudanças no modus operandi da guerra. O processo de construção dos Estados Nacionais perpassaram pelas guerras totais, conforme identificado nos casos das Guerras Napoleônicas (1804-1815), da Guerra da Crimeia (1853-1856), da Guerra Civil Americana (1861-1865) e da Guerra da Tríplice Aliança contra o Governo do Paraguai (1864-1870). Esse fenômeno social é avaliado como um conflito armado a fim de conquistar um objetivo político estabelecido pela sociedade mediante o emprego da mobilização civil e militar sob suporte tecnológico industrial, responsável pela extensão da capacidade de extermínio. Por consequência, essas guerras foram responsáveis pelas modificações nas relações entre civis e militares e na ascensão do militarismo. No âmbito da guerra naval, forneceu novos subsídios para a formulação do pensamento naval estratégico. A partir desses confrontos, identifica-se que as inovações nos sistemas de propulsão, armas e defesa conferiram às marinhas de guerra maior projeção de poder, assumindo não somente seu caráter militar, mas também diplomático. A Armada Nacional e Imperial ingressou na era das guerras totais quando desempenhou um papel protagonista na Guerra do Paraguai a fim de cumprir os objetivos políticos e estratégicos do Estado brasileiro. A pesquisa histórica investigou o comando das forças navais aliadas sob liderança do Vice-Almirante Tamandaré, Joaquim Marques Lisboa (1807-1897) entre 1864 e 1866, período no qual a Esquadra detinha autonomia perante o Exército Aliado. Sob esse recorte temporal, investigou-se: a formação da estratégia política e naval para o confronto, os desafios enfrentados pelo Ministério da Marinha para preparação logística da força, visto que a instituição experimentava sua transição da era a vela para a era dos encouraçados e as operações navais executadas no teatro de operações, relacionando às disputas de poder existentes no âmago dos aliados.