Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Prestes, Cristina |
Orientador(a): |
Costa, Maria da Conceição Nascimento |
Banca de defesa: |
Araújo, Edna Maria de,
Mise, Yukari Figueroa |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Instituto de Saúde Coletiva
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduação em Saúde Coletiva
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/26010
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Resumo: |
A mortalidade proporcional por causas mal definidas representa um excelente indicador da qualidade das informações sobre as causas de morte. No Brasil, vem se observando uma redução da proporção dos óbitos por estas causas devido a implementação de intervenções preconizadas pelo Ministério da Saúde. Este estudo teve como objetivo avaliar a tendência temporal dos óbitos por causas mal definidas no Tocantins, de 1998 a 2014. Realizou-se um estudo epidemiológico de série temporal, tendo como fonte de dados o Sistema de Informações de Mortalidade/SIM e o Serviço de Verificação de Óbitos/SVO do Tocantins. As características sociodemográficas desses óbitos foram analisadas de acordo com o sexo, faixa etária, raça/cor da pele, escolaridade e estado civil, em 1888 e 2014. Para os óbitos necropsiados esta distribuição foi feita apenas para o ano de 2014. Os valores anuais da mortalidade proporcional (%) do referido grupo de causas para Tocantins e Palmas, foram representados em uma curva de tendência logarítmica. A análise da evolução temporal desta mortalidade proporcional foi realizada pela descrição da magnitude e flutuações deste indicador, pela sua variação percentual (Δ%), e pela variação da razão entre os óbitos por causas mal definidas e aqueles com causas definidas. A tendência temporal foi avaliada mediante Regressão Linear Segmentada. Do total de óbitos de residentes no Tocantins, 28,6% (1173) tiveram causas mal definidas e ocuparam a primeira posição entre os grupos de causas de óbito, em 1998. Em 2014, esta proporção foi de 3,3% (queda de 88,5%) passando a ocupar a 7ª. posição. A proporção desses óbitos que, em 1998, não recebeu “Assistência Médica”, foi de 53,8% e em 2014 foi de 5,9%. De 2007 a 2014, foram realizadas 1307 necropsias no SVO de Palmas e, 1782 (3,3%) óbitos continuavam sem esclarecimento das causa básica. A razão entre os óbitos por causas mal definidas e aqueles com causas definidas decresceu de 0,76 para 0,03, entre o início e o final do período. A proporção de óbitos por causas mal definidas foi mais elevada no sexo masculino, faixa etária de 60 anos e mais, cor da pele parda, sem nenhuma escolaridade e solteiro. A análise de regressão linear segmentada indicou que a tendência de declínio significante desta mortalidade foi estaticamente significante. No Tocantins os pontos de inflexão ocorreram entre os períodos 1998 a 2004 e 2004 a 2014, com declives respectivamente de -4,14% (p = 0,000) e -0,14% (p = 0,324. Em Palmas, 20,2% (67) e 1,8% (32) tiveram as causas classificadas como mal definidas em 1998 e 2014, o que representou uma queda de 91,1%. Nestes dois anos esse grupo de causas de óbitos ocupavam, respectivamente, a 1ª. e 12ª posição. Em 1998, 53,7% não receberam “Assistência Médica” e em 2014 nenhum óbito foi classificado nesta categoria. A evolução e as características sociodemográficas dos óbitos por causas mal definidas foram semelhantes às observadas em Tocantins. A regressão linear segmentada indicou pontos de inflexão significativos nos períodos (1998 a 2000) e (2000 a 2014) com declives respectivamente de -7,92% (p = 0,005) e -0,17% (p = 0,138). Foi bastante expressivo o declínio da mortalidade proporcional por causas mal definidas, no Tocantins e em Palmas. Medidas como implantação do Serviço de Verificação de Óbitos e Investigação de óbitos por essas causas e melhoria da qualidade da assistência médica, possivelmente, determinaram a referida redução. |