Cultura, afeto e narrativas: os caminhos semióticos da paternidade no contexto da separação conjugal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Machado, Paulo Maciel
Orientador(a): Bastos, Ana Cecília de Sousa Bittencourt
Banca de defesa: Pontes, Vivian Volkmer, Santos, José Eduardo Ferreira, Tateo, Luca
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós Graduação em Psicologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/24383
Resumo: Desde o final da década de 1990, a paternidade passou a ser alvo de interesses científicos e jurídicos. Muitos estudos foram feitos, buscando verificar possíveis consequências da presença/ausência do pai no desenvolvimento infantil; outros, investigaram o fenômeno do envolvimento paterno; pesquisas também foram feitas, descrevendo que com o passar do tempo, a forma de se exercer a paternidade teve significativas alterações. Diversas leis foram editadas sobre o tema (como a mais recente Lei 13.058/14, que dispõe sobre a aplicação da guarda compartilhada), concorrendo para a legitimação do pai enquanto um personagem com papel singular, portador de direitos e deveres. Outras investigações voltaram-se também para o comportamento paterno – tendo como fonte de dados as percepções de filhos e cônjuges a respeito desses pais. Nota-se entretanto que, no atual estado da arte, pouca atenção foi dedicada à subjetividade dos pais – buscando compreender como estes personagens, na atualidade, pensam, sentem e agem, enquanto pais. A presente investigação foi teoricamente referenciada na Psicologia Cultural de Orientação Semiótica e teve como objetivo explorar as possíveis formas de se construir significados sobre paternidade por pais que passaram pela transição pessoal da separação conjugal, em um momento histórico marcado por transições na forma de atribuir significados à experiência de ser homem e ser pai. Para isto, quatro pais, representantes de paternidades construídas em condições diversas – idade; tempo de separação; modalidade da guarda; coabitação com filhos; estado civil; classe social -, foram entrevistados, proporcionando a exploração qualitativa sobre o tema. A investigação obteve como resultados indicativos sobre quais roteiros sociais a coletividade tem disponibilizado para balizar a experiência afetiva de paternidade no contexto de separação conjugal, além de indicativos a respeito de quais recursos semióticos estão sendo utilizados pelos pais contemporâneos para significar as suas experiências enquanto “pais separados” – como a percebem, o que pensam, o que sentem e o que fazem.