A DITONGAÇÃO EM SÍLABAS FECHADAS POR /S/ NAS TRILHAS DAS CAPITAIS BRASILEIRAS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Silva, Amanda dos Reis
Orientador(a): Mota, Jacyra Andrade
Banca de defesa: Mota, Jacyra Andrade, Cardoso, Suzana Alice Marcelino da Silva, Oliveira, Josane Moreira de
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Letras
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Língua e Cultura
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/25688
Resumo: Analisa-se, neste trabalho, o processo de ditongação em sílabas fechadas por /S/, tal como se evidencia nos contextos destacados em ‘comi arroz’ (arrois ~ arros), ‘um rapaz querido’ (rapais ~ rapas), ‘as árvores grandes’ (ais ~ as), ‘três’ (três ~ trêis) e outros. Objetiva-se verificar o comportamento das vogais diante de /S/ em coda, em 25 capitais brasileiras, constituintes da rede de pontos do Projeto Atlas Linguístico do Brasil (ALiB). Procura-se averiguar condicionamentos linguísticos e extralinguísticos para a existência das variantes vocálicas ditongadas. Adotam-se, como fundamentos teórico-metodológicos, pressupostos da Dialetologia e da Sociolinguística Variacionista. Ao lidar com esse tipo de ditongação, parte-se do pressuposto de ser esse um fenômeno peculiar do Português Brasileiro, em face do Português Europeu. Entende-se, ainda, que, ao estudar a realidade sincrônica do português no Brasil, em áreas assaz diferenciadas, devem-se considerar os diferentes caminhos pela língua no país. Assim, acredita-se que a ditongação em sílaba fechada por /S/ se manifesta de modo diferenciado ao longo das capitais brasileiras. De acordo com a metodologia adotada pelo Projeto ALiB, em cada uma dessas cidades, foram entrevistados oito informantes – estratificados segundo o gênero, a faixa etária e o nível de escolaridade − compondo-se, portanto, um corpus de 200 inquéritos. Após a audição e transcrição dos dados pertinentes ao fenômeno em estudo, extraídos das gravações do Questionário Fonético-Fonológico (QFF), bem como após a observação dos itens a serem analisados, constitui-se uma amostra contendo 8894 ocorrências válidas, as quais foram devidamente codificadas e submetidas à análise estatística efetuada com o auxílio do programa GoldVarb 2001. Após testes estatísticos variados, notou-se que a distribuição diatópica é um importante fator para a apreciação desse fenômeno, havendo algumas capitais que se destacam no uso das vogais ditongadas, outras que apresentam comportamento intermediário quanto ao fato e aquelas cujos índices de ditongação são baixos. Ademais, de modo geral, verificou-se a relevância de variáveis linguísticas como o número de sílabas presentes nos itens observados, a posição da consoante em coda na cadeia fônica, a realização da consoante em coda silábica, a acentuação da sílaba e a qualidade da vogal de base.