A Tecnologia audiovisual através da informação audiodescritiva: uma perspectiva da Ciência da Informação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Conceição, Tamires Neves
Orientador(a): Silva, Rubens Ribeiro Gonçalves da
Banca de defesa: Farias, Sandra Regina Rosa, Cunha, Francisco José Aragão Pedroza, Silva, Rubens Ribeiro Gonçalves da, Matos, Rita de Cássia Aragão, Matos, Maria Teresa Navarro de Britto
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Ciência da Informação
Programa de Pós-Graduação: Ciência da Informação
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/22999
Resumo: O contexto social atual interliga os aspectos informacionais com os processos tecnológicos, visando proporcionar um amplo desenvolvimento da disseminação da informação e a Ciência da Informação, como um modelo de ciência social aplicada objetiva prover o acesso à informação ao indivíduo, através da transmissão, do armazenamento, do registro, ou seja, em todo o processo que envolve a mediação informacional. Objetiva compreender como as teorias, técnicas e práticas de Ciência da Informação podem atuar no processo de inclusão e acessibilidade sociais e no empoderamento de pessoas com deficiência visual, promovido pela informação audiodescritiva, área que vem sendo desenvolvida, atualmente, por profissionais advindos em sua maioria das áreas de Letras, Pedagogia e Comunicação. Caracteriza a importância da Ciência da Informação no contexto das ações de preservação e políticas de salvaguarda dos materiais audiodescritos por grupos e núcleos de pesquisa de Universidades Federais da Bahia, de Minas Gerais, de Pernambuco e da Estadual do Ceará, relacionando as teorias, práticas e técnicas da Ciência da Informação, com o desenvolvimento da informação audiodescritiva no país. O percurso metodológico resultou em uma pesquisa de natureza exploratória, quantitativa e qualitativa, desenvolvida por um levantamento bibliográfico e pela aplicação de questionários online aos grupos e núcleos de pesquisa, baseado na amostragem não-aleatória por julgamento e nos procedimentos estatístico e comparativo, cujo método de abordagem adotado foi o dialético materialista. São analisados os conceitos e aspectos da informação audiodescritiva, tecnologia assistiva, pessoa com deficiência visual, legislação da audiodescrição, memória social, preservação e salvaguarda. O aspecto problemático observado foi a falta de conhecimento da maioria dos profissionais audiodescritores sobre as ações de preservação e políticas de salvaguarda dos materiais audiodescritos produzidos pelos grupos e núcleos que esses fazem parte, impossibilitando que eles possam aplicar corretamente as ações de preservação, pois como a maioria não compreende a diferença entre os termos (preservação e salvaguarda), consequentemente não possuem um plano de políticas de salvaguarda, o que pode dificultar o desenvolvimento da memória social da audiodescrição no Brasil. Entre os aspectos positivos obtidos, destaca-se a relevância da Ciência da Informação neste diálogo com a informação audiodescritiva, pois através da expertise da área, o campo da audiodescrição terá efetivos ganhos no processo da memória social da temática que vem sendo construída pelos grupos e núcleos de pesquisa analisados. Diante das evidencias apontadas constatou-se que apesar da legislação brasileira existente sobre a temática, o processo de inclusão e acessibilidade sociais que a audiodescrição pode oferecer a esse público ainda está muito distante do ideal. É preciso que as áreas do saber dialoguem, em específico neste caso, a Ciência da Informação e as áreas de Letras, Pedagogia e Comunicação de onde são oriundos os profissionais que lidam com a temática da audiodescrição, atualmente, e promovam ações que colaborem com as políticas públicas e ampliem o acesso da informação audiodescritiva aos seus usuários, pois apenas um único discurso não tem o mesmo impacto que a união de ações dos pesquisadores, governo, das pessoas com deficiência visual e da sociedade civil em geral.