Geoquímica orgânica e palinofácies da formação barreirinha, Bacia do Amazonas, Brasil: paleoambiente e maturação térmica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Souza, Iasmine Maciel Silva lattes
Orientador(a): Teixeira, Leonardo Sena Gomes lattes
Banca de defesa: Teixeira, Leonardo Sena Gomes lattes, Queiroz, Antônio Fernando de Souza lattes, Garcia, Karina Santos lattes, Dino, Rodolfo lattes, Silva, Maristela Bagatin lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Geoquímica: Petróleo e Meio Ambiente (POSPETRO) 
Departamento: Instituto de Geociências
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37303
Resumo: A Bacia do Amazonas é uma bacia intracratônica de idade paleozoica localizada ao norte do Brasil. Os folhelhos da Fm. Barreirinha (Devoniano) são rochas geradoras de hidrocarbonetos. Ao final da deposição da sequência paleozoica, e com o início da abertura do Oceano Atlântico Norte, o magmatismo Penetecaua propiciou que extensas soleiras e diques de diabásio se intrudissem nas rochas sedimentares da Bacia, principalmente, nos folhelhos. O objetivo desta pesquisa foi avaliar o paleoambiente deposicional e a influência do calor das atividades ígneas na maturação da matéria orgânica, e no potencial de geração de hidrocarbonetos em amostras de dois afloramentos distintos da Fm. Barreirinha: I) próximo ao Domo de Monte Alegre na Borda Norte da Bacia, sob influência de rochas ígneas; II) na Borda Sul, com menor efeito das rochas ígneas. Foram coletadas 35 amostras de forma sistemática, sendo 12 localizadas na Borda Norte e 23 na Borda Sul, da Bacia do Amazonas. As amostras foram submetidas à determinação de carbono orgânico total (COT), pirólise Rock-Eval e análises por cromatografia gasosa com detector de ionização (CG-FID), cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massas (CG-EM) (biomarcadores), petrografia orgânica, e determinação de isótopos estáveis de carbono (δ 13C). Os resultados das análises demostraram que as amostras coletadas na Borda Norte possuem excelentes valores de COT, S2 variando de moderado a excelente e estão no final da janela de geração de óleo e início de geração de gás. O querogênio foi classificado como sendo do tipo III, porém, como área gerou hidrocarbonetos leves, os valores de COT, S2 e IH são residuais. Os resultados das determinações dos biomarcadores saturados indicam a origem marinha da matéria orgânica, que foi depositada em paleoambiente deposicional marinho anóxico a subóxico. Nas amostras coletadas na Borda Sul, onde a influência do calor das rochas ígneas é menor, o COT e o S2 variaram de pobre a excelente, com querogênio dos tipos II/III e III, encontrando-se com baixa maturação para a geração de hidrocarbonetos. Os resultados das determinações dos biomarcadores saturados indicaram a origem marinha da matéria orgânica, com algum aporte de matéria orgânica de origem continental. Eses folhelhos foram depositados em ambiente subóxico á óxico. Ainda na borda sul, foi possível a individualização de duas palinofácies distintas (I e II). Os resultados das determinações de palinofácies e associações palinológicas indicaram que a sedimentação da Formação Barreirinha ocorreu, inicialmente, nessa seção, em ambiente marinho raso deltaico, gradando para ambiente deposicional marinho distal. Os valores de (índice de coloração de esporos) ICE variaram de 3,5 a 4,5, caracterizando o estágio imaturo para geração de hidrocarbonetos. Os valores da razão dos isótopos estáveis de carbono ( 13C), para todas as amostras, apesar de muito negativos (menores que -28‰), juntamente com os resultados para os biomarcadores, indicaram paleoambiente deposicional marinho.