Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Cordeiro, Salete de Fátima Noro |
Orientador(a): |
Bonilla, Maria Helena Silveira |
Banca de defesa: |
Freitas, Maria Teresa de Assunção,
Santos, Edméa Oliveira dos,
Hetkowski, Tânia Maria,
Galeffi, Dante Augusto |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Faculdade de educação
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Educação
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/17729
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Resumo: |
O presente trabalho buscou refletir sobre as práticas que vão se desenvolvendo a partir da chegada das tecnologias digitais móveis no cotidiano de três escolas públicas do ensino fundamental. A problemática central esteve voltada para o campo do cotidiano escolar, marcado intensamente por estratégias que vêm de instâncias de poder, e táticas desenvolvidas pelos interagentes/praticantes. No domínio das estratégias está o governo que envia às escolas da rede pública programas e projetos que inserem dispositivos digitais móveis nas escolas sem um cuidado mais atento com as especificidades dessas tecnologias, com a infraestrutura das escolas, principalmente de conexão banda larga, e nem com uma proposta clara em relação à inserção dessas tecnologias na educação. No domínio das táticas está a escola e seus interagentes/praticantes, que, diante da presença de dispositivos limitados, da falta ou precariedade de todo tipo de infraestrutura, da ausência de uma compreensão sobre a importância da inserção dessas tecnologias para o campo educacional e da falta de uma formação que contemple aspectos estruturantes desse processo, produzem ou reproduzem suas práticas a partir do que lhes é enviado e do que têm. Assim, o objetivo geral desse trabalho foi compreender como os praticantes desse cotidiano escolar reelaboravam seus conceitos e práticas a partir da inserção das tecnologias digitais móveis, identificando se havia um movimento no sentido da construção de novos territórios pelos praticantes, a partir do cotidiano da escola, potencializado por essas tecnologias. A metodologia tem como uma de suas principais características buscar maneiras de potencializar a reflexão a partir do campo investigado, e, para tanto, buscou referenciais mais abertos que possibilitassem maneiras de compreender esse cotidiano a partir de sua complexidade. Uma de nossas táticas foi chamar esses interagentes/praticantes para conversas. Realizamos rodas de conversas e conversas informais onde eles tinham a possibilidade de contar sobre seus cotidianos, suas angústias, as problemáticas que surgiam a cada dia e as táticas utilizadas diante da emergência das tecnologias móveis nas práticas que vão se dando no dia a dia. Como resultados da pesquisa, apontamos a criação de territórios onde o digital passa a ser estruturante de práticas de construção de conteúdos e conhecimentoscom potencial colaborativo. Os tempos/espaços dos cotidianos escolares são ampliados a partir da inserção dos praticantes/interagentes e das próprias escolas no contexto digital das redes, quando passam a promover a integração entre alunos, professores e escolas nos ambientes digitais, ou mesmo quando a necessidade da construção de conteúdos digitais necessita de outros ritmos, de outros processos, de outras relações para sua efetivação. Percebemos que a chegada das tecnologias digitais móveis nas escolas, tanto as enviadas pelos governos como as que chegam trazidas pelas mãos dos alunos, reforçam e dinamizam dentro das escolas práticas sociais que estão em processos na sociedade de maneira geral. No entanto, no campo educativo, sentimos a necessidade de maior investimento em políticas mais integradas, que garantam infraestrutura nas escolas, principalmente de banda larga, e investimentos para que os professores estejam mais fortalecidos teórica e criticamente, para desenvolver seus próprios projetos e construir conhecimento livre, de maneira crítica, criativa, ética e colaborativa. |